Com a decisão de crescimento da produção leiteira dentro do sistema a pasto, o Grupo Cabo Verde optou por aumentar a área destinada à produção leiteira da Fazenda Santa Luzia, utilizando a irrigação para minimizar os riscos climáticos e garantir disponibilidade de forragem em quantidade e qualidade.
Nesse sentido, o novo projeto contempla uma área de 65 ha, com dois pivôs e uma ordenha central, no modelo rotatório (PR2100), com 40 postos. “Junto com a equipe da DeLaval analisamos todos os pontos do novo sistema e vimos que era perfeitamente possível adaptar nosso rebanho ao equipamento, trazendo inúmeros benefícios e eficiência à produção”, ressalta Mauricio Silveira Coelho, do Grupo Cabo Verde e diretor da Fazenda Santa Luzia. “Precisávamos de um projeto para simplificar as rotinas, racionalizar o uso de mão de obra, e a ordenha é o ponto de maior gargalo num negócio para 1.000 vacas. Por isso era fundamental uma ordenha com velocidade de produção, e a rotatória se encaixa muito bem nesse modelo, pois dita o ritmo de trabalho ao homem, o qual deve se adaptar à velocidade de giro”, explica o produtor.
“É um projeto simples, mas de alta tecnologia”, diz Guilherme Correa, da DeLaval, que acompanhou todo o desenvolvimento e implantação do projeto dentro da fazenda. “Estamos na fase inicial, já em operação, com uma velocidade de ordenha de 200 vacas por hora, sendo que esse ritmo pode ser maximizado, chegando até a 240 vacas/hora”, explica Correa.
A irrigação das áreas de pastagem de tifton reutiliza até 30% de água proveniente dos dejetos da suinocultura – outra atividade do Grupo Cabo Verde. A fertirrigação maximiza a produção de forragem, permitindo altas taxas de lotação. O projeto pretende alcançar 700 vacas em lactação, com 10 a 12 vacas/ha. “A meta é produzir 70.000 litros de leite por hectare/ano”, afirma Maurício.
Durante a ordenha as vacas também recebem alimentação concentrada, de forma totalmente automatizada e individualizada. “Estamos fornecendo 350 gramas de concentrado por litro de leite, divididos nas duas ordenhas. Isso significa que conseguimos alimentar cada vaca individualmente, de acordo à sua produção. E isso é possível pelo sistema automatizado de identificação dos animais na entrada da ordenha”, explica Guilherme Correa.
Na data da inauguração, os convidados puderam conhecer o sistema, além de uma apresentação de todo o desenvolvimento e implantação do projeto. O evento contou com a participação do ex-Ministro da Agricultura, Dr. Roberto Rodrigues, que falou das perspectivas para o agronegócio no cenário nacional e internacional. Em seguida, houve um coquetel de confraternização para os convidados.
A cobertura completa do evento estará disponível na edição de novembro da Revista Leite Integral.
Equipe MilkPoint
