Fazenda leiteira dos EUA agrega valor processando seu leite e vendendo diretamente ao público e a empresas de foodservice

Para a família Daninger, a rotina diária em sua fazenda Autumnwood Farm, Forest Lake, Minnesota, com 60 vacas, mudou de forma significativa nos últimos 10 anos. Hoje, além de ordenhar suas vacas duas vezes ao dia, eles também engarrafam o leite de segunda a [...]

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 3 minutos de leitura

Ícone para ver comentários 5
Ícone para curtir artigo 0

Para a família Daninger, a rotina diária em sua fazenda Autumnwood Farm, Forest Lake, Minnesota, com 60 vacas, mudou de forma significativa nos últimos 10 anos. Hoje, além de ordenhar suas vacas duas vezes ao dia, eles também engarrafam o leite de segunda a terça-feira e fazem entregas de terça a sexta-feira.

Shar e Pat Daninger, junto com sua filha, Mariah, e a mãe de Pat, Florence, processam produtos de leite fluido de suas 60 vacas. O leite é comercializado através de uma loja na própria fazenda e através de cafeterias e lojas de alimentos na região de Minneapolis e St. Paul.

Após visitar várias plantas de processamento nas fazendas em 2005, o casal abriu sua própria planta de processamento de leite em sua fazenda em fevereiro de 2008. Hoje, sua loja na fazenda abre 6 dias por semana, com a ajuda administrativa de Florence. Eles contrataram um veterano, com 30 anos de experiência no negócio de entregas a domicílio para trabalhar uma rota de caminhão, distribuindo o leite para cafeterias e lojas de alimentos.

“Não foi um caminho fácil e Pat admite que cometeram muitos erros no começo. “Nossas bezerras foram bem alimentadas”, brincou ela, já que o leite retornava devido ao excesso de produção e aos erros iniciais no processamento. Porém, hoje, a demanda por seu leite está crescendo. “Não procuramos por novos clientes em mais de dois anos”.

Com apenas um de seus quatro filhos ainda vivendo em casa (mas saindo para a faculdade nesse outono), os Daningers empregam vários membros que não são da família para a operação da planta.

Leites oferecidos na loja da fazenda

As vacas saem no pasto todos os dias se o clima permite e os Daningers acham que isso cria um sabor diferente do leite típico vendido nas lojas. Os clientes concordam. “Quando nós primeiramente escolhemos o Autumnwood foi devido a um teste cego de sabor”, explicou Jamie Fey, há 7 anos na indústria de café e gerente da Dogwood Coffee Company, em Minneapolis. “Seu leite tem um sabor realmente doce, amanteigado e salgado, o que equilibra muito bem com nosso café – reunindo o sabor de nosso expresso e a cremosidade do leite”.

O leite importa, disse Fey, que compra mais de 100 garrafas (meio galão) para sua loja toda semana. “O Autumnwood parece ser o melhor (de todos os leites que experimentamos, especificamente com vapor. Uma vez sujeito ao vapor, um barista procura uma microespuma do leite que dá um sabor e uma aparência excelentes. As pessoas estão pagando por uma experiência e parte dessa experiência é visual”, disse Fey.

Seja para lattes e lattes com sabor, macchiatos (expresso com um pouco de espuma), Gibraltars (um novo estilo de latte), cappuccinos ou café au lait, cada um requer que o leite seja vaporizado e aerado de uma forma diferente.

Jamie Fey e Derek Ernster preparam e fornecem bebidas de café para clientes na loja de Calhoun Square, Minneapolis, da rede Dogwood Coffee Company.

Fey acredita que o método de pasteurização da Autumnwood – baixa temperatura, aquecimento do leite para mais de 145°F (62,78°C) por 30 minutos – faz diferença em como ele se sustenta. Isso se compara com métodos de pasteurização mais convencionais, de alta temperatura em curto período de tempo, trazendo o leite para entre 160° e 165/F (71,11° e 73,9°C) por 15 a 20 segundos, ou até mesmo mais quente para produtos de prazo de validade maior.

Quando se fala de arte no latte, o leite importa. A Dogwood Coffee Company escolheu o leite da Autumnwood devido ao seu processo de pasteurização.

A Dogwood considerou o leite não homogeneizado da Autumnwood, mas para a consistência do produto, o leite integral homogeneizado agora representa a maioria de seu volume semanal de compras de leite. “Após a Dodwood começar a comprar, outras cafeterias começaram também a comprar”, explicou Pat. “Achamos que nosso leite é verdadeiramente diferente e não somente porque vem de nossa fazenda familiar. Estamos contentes de ouvir que a Dogwood e outros concordam”.

Para mais informações (em inglês), visite o site http://autumnwoodfarmllc.com.

A reportagem é do Dairy Herd Management, traduzida pela Equipe MilkPoint Brasil.
QUER ACESSAR O CONTEÚDO? É GRATUITO!

Para continuar lendo o conteúdo entre com sua conta ou cadastre-se no MilkPoint.

Tenha acesso a conteúdos exclusivos gratuitamente!

Ícone para ver comentários 5
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Dr. JAIRO PINTO DE CARVALHO
DR. JAIRO PINTO DE CARVALHO

SALVADOR - BAHIA

EM 22/09/2014

Prezados Senhores:



No município de Jaborandi-Bahia, já existe uma empresa que pratica tais procedimentos, ou seja, a leite verde, com seu próprio rebanho de matrizes Jersei e cruzamentos, a qual engarrafa (as garrafas pet, são fabricadas/moldadas in loco para 1 litro cada) o seu próprio leite e o comercializa. Prerrogativa, de um grupo de neozelandeses, precursores de tal iniciativa no brasil, a qual continua sendo muito bem sucedida!

O leite integral, lá produzido e engarrafado, possui um teor de 8 (oito) gramas de gorduras totais para cada 200 mililitros de leite o que, realmente, faz a diferença tanto na cor e consistência quanto no sabor e odor pois é, este produto, possui cheiro de leite e sabor de leite, diferentemente, dos demais que não possuem tais características e são, apenas, uma água esbranquiçada, com os quais o S.I.F. considera normalíssimo não tomando iniciativas a fim de proibir tal enganação permitindo, que a sociedade compre "gato por lebre" o que já vem ocorrendo desde os primórdios da industrialização destes leites em caixas mas nos estados unidos, no canada e na europa, não é bem assim pois tais leites possuem os níveis corretos das gorduras totais originais do leite, como no leitíssimo integral!

Por aqui, ainda, além de aguados adicionam soda cáustica, água oxigenada, formol, ureia e etc... e colocam nos mercados para os incautos comprarem. O S.I.F., só atua após denúncias pois, caso contrário, tais crimes não chegariam às gondolas dos supermercados sendo barrados, de pronto, nas próprias indústrias criminosas!



Grato pela atenção.



Jairo Pinto de Carvalho
Wilson Santa Catarina
WILSON SANTA CATARINA

FLORIANÓPOLIS - SANTA CATARINA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/09/2014

É o sonho de todo o produtor. Tenho dúvidas se a Inspeção Animal aceita pausteurizar o leite a 67 graus, embora por um periodo maior.
Ataliba F Aguilar
ATALIBA F AGUILAR

RIBEIRÃO PRETO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE CAPRINOS DE CORTE

EM 17/09/2014

faça como a familia Daninger, quando a matéria prima é de 1a qualidade produto final sempre será bom,parabens e mais sucesso.
madalena neves moreira
MADALENA NEVES MOREIRA

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/09/2014

Realmente, agregar valor, é um desafio para todos os produtores e encontrar este caminho é o meio pelo qual passa-se a aproveitar todas as etapas de uma produção.

Gostei muito desta matéria e fico grata de poder fazer parte deste grupo que procura novos  conhecimentos. Madalena Neves Moreira
fabiano santos
FABIANO SANTOS

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 17/09/2014

Estão de parabéns pela coragem de enfrentar tamanho desafio. Confesso que este é meu sonho, estando claro com a parte produtiva estruturada  e equilibrada em seu volume mínimo.

Parabéns pela matéria.
Qual a sua dúvida hoje?