FAEMG mapeia regiões de MG com casos de tripanossomose

A tripanossomose matou, nas últimas semanas do mês de setembro, cerca de 500 cabeças de gado em propriedades rurais mineiras, segundo número ainda não oficial da Federação de Agricultura do Estado de Minas Gerais. De acordo com a coordenadora e assessora técnica de [...]

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“Nosso rebanho (de MG) é bastante representativo, bem como a produção de leite e carne. É uma questão de sanidade animal e estamos trabalhando para atender aos produtores rurais”, diz a coordenadora da FAEMG, Aline Veloso, sobre os casos de tripanossomose no Estado.

A tripanossomose matou, nas últimas semanas do mês de setembro, cerca de 500 cabeças de gado em propriedades rurais mineiras, segundo número ainda não oficial da Federação de Agricultura do Estado de Minas Gerais. De acordo com a coordenadora e assessora técnica de entidade Aline Veloso, os casos registrados ocorreram em Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Central Mineira.

A Faemg não trata do problema como surto, o que está em conformidade com a nota técnica do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), que diz: “Pelas informações epidemiológicas disponíveis até o momento, o Departamento de Saúde Animal não considera tratar-se de uma situação de emergência sanitária, pois a doença não está sendo causada por nenhum agente novo e exótico no País”.

Segundo Aline, o mapeamento dos casos em Minas é extremamente importante. “Nosso rebanho é bastante representativo, bem como a produção de leite e carne. É uma questão de sanidade animal e estamos trabalhando para atender aos produtores rurais.”

Para identificar o problema e suas localidades, ela informa que já foram realizadas reuniões com profissionais do IMA (Instituto Mineiro de Agropecuária), professores da Escola de Veterinária da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e técnicos do Mapa, com a finalidade de identificar os casos e notificá-los ao órgão de sanidade do Estado.

O pecuarista deve ter um laudo técnico, assinado por médico veterinário, atestando a ocorrência da tripanossomose em animal de seu rebanho e pedindo a importação do medicamento para o combate. Por isso, de acordo com a Faemg, um dos objetivos do mapeamento da doença no Estado é exatamente conseguir o licenciamento para importação de medicação. Isto porque, atualmente, existe apenas um remédio licenciado no País contra a tripanossomose.

“Junto aos produtores, estamos informando da necessidade de se notificar o IMA, já nos primeiros sintomas da doença no rebanho, para que os técnicos possam orientá-lo sobre a melhor forma de conduzir a situação. Importante que fique claro que a doença tem notificação obrigatória, mas não é passível de interdição das unidades produtoras.”

A Doença

A tripanossomose é uma doença causada pelo protozoário Trypanosoma vivax, sendo fatal para os animais apenas nos quadros agudos. No entanto, a vaca doente tem perda de peso e diminuição da produtividade de leite. A doença, que também pode acometer suínos, é transmitida por uma mosca hematófoga conhecida como “mosca de estábulo” ou pela contaminação por meio de seringas.

Aline orienta o produtor a identificar os casos e o tamanho do rebanho bovino atingido. “Essa informação será repassada ao Mapa, que, por sua vez, deverá apresentar o caso às indústrias de produtos veterinários ou articular a possibilidade de importação do produto (medicamentoso) para os pecuaristas brasileiros, mediante demanda.”

A assessora da Faemg ressalta que, de acordo com os professores da UFMG, existem alguns casos de identificação incorreta da doença, pois há similaridade de sintomas com outras doenças.

“Por causa disso, o tratamento também pode ser feito de forma incorreta, levando ao óbito dos animais. Estamos trabalhando com a difusão de informação sobre a doença e seu modo de transmissão, por intermédio da vacinação sem esterilização da agulha e pela mosca do estábulo, que é a forma mais comum.”

Além de ser causada pela “mosca do estábulo”, a tripanossomose também pode ser transmitida de um animal para outro por meio de seringas reutilizadas

Alerta

Segundo Aline, é importante que o produtor tenha ciência da necessidade de realizar o manejo correto do gado, mantendo o curral o mais limpo possível, principalmente porque o tempo chuvoso pode elevar a proliferação de moscas. Além disso, o pecuarista não pode reutilizar seringas.

“A cada aplicação, o material deve ser descartado.”

De acordo com a assessora técnica da Faemg, também é recomendável que os produtores realizem exames laboratoriais periódicos de todo o rebanho, de forma a facilitar a identificação da doença, antes mesmo da manifestação dos sintomas, e que o gado doente não transmita a tripanossomose para os animais sadios.

As informações são da SNA.
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alex campos machado
ALEX CAMPOS MACHADO

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 22/10/2014

Boa noite André !

Qual seu email ?

O meu e : alexordenha@yahoo.com.br
Andre Pinto Correia Gomes
ANDRE PINTO CORREIA GOMES

GUARATINGA - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 21/10/2014

Quais são as regiões mapeadas ? titulo do artigo !
Alfredo Pinto
ALFREDO PINTO

LAVRAS - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 13/10/2014

Para diagnóstico a campo podem ser feito o esfregaço sanguineo. e identificar o protozoário. Porém em caso de baixa parasitemia pode haver falso negativo.

Técnica de Woo (1970) auxilia no diagnostico. Para confirmação melhor o sorológico (PCR).
alex campos machado
ALEX CAMPOS MACHADO

UBERLÂNDIA - MINAS GERAIS - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 10/10/2014

Tenho mais informações a respeito deste assunto

Alex Campos Machado

alexordenha@yahoo.com.br
Mauro Gonçalves
MAURO GONÇALVES

SÃO SEBASTIÃO DO PARAÍSO - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE INSUMOS PARA A PRODUÇÃO

EM 09/10/2014

Como o diagnóstico da doença é fechado? Por esfregaço sanguíneo ou hemograma? Gostaria de mais detalhes.
Medeiros
MEDEIROS

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/10/2014

Lamentável, mais uma notícia que em nada auxilia o produtor. Enquanto os órgãos (i)responsáveis pela solução do problema continua com essa ladainha de mapeamento dos casos, a realidade mostra que a doença se alastra, causando enormes prejuízos. É preciso investigar o real motivo da resistência em nâo autorizar a comercialização do medicamento contra essa doença. Os produtores precisam se unir para por um basta nesta situação absurda, teratológica.,sob pena de amargarem prejuízos  cada vez maiores. Toda essa perda há de ser debitada na conta do governo federal, que, por meio de órgãos ineficientes, paquidérmicos, impedem a aquisição do único medicamento capaz de deter a doença. Se estivéssemos em um país onde predominasse a justiça, alguém teria que pagar essa conta. E esse alguém, obviamente, jamais poderia ser o produtor.
walter coelho junior
WALTER COELHO JUNIOR

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 07/10/2014

Existem dados georreferenciados para os locais citados ?
Qual a sua dúvida hoje?