Uma combinação de fatores se uniram para alterar o balanço entre oferta e demanda no ano passado, criando um ambiente altamente competitivo: a demanda por leite em pó da China caiu; a Rússia proibiu produtos lácteos da Europa; e a oferta de leite na Europa cresceu dramaticamente quando as cotas de produção chegaram ao fim. Ao mesmo tempo, os problemas no porto da Costa Oeste prejudicaram as vendas dos Estados Unidos no começo do ano e a forte demanda doméstica manteve os preços por queijos e gordura do leite nos EUA acima dos valores do mercado mundial.
Como resultado, os exportadores perderam participação nos principais mercados da Ásia e da região do Oriente Médio/África do Norte, em quase todos os segmentos de produtos. Dessa maneira, os fornecedores focaram em vendas de leite em pó desnatado e queijos ao México, América do Sul e Caribe. As exportações totais de leite em pó desnatado, de fato, alcançaram um novo recorde, de 559.735 toneladas no ano passado. A maioria das outras categorias, entretanto, registrou quedas.
“Durante a última década, o mercado mundial de lácteos foi primariamente um mercado de compradores, favorável aos exportadores dos Estados Unidos. O ano de 2015 foi mais um mercado de vendedores e 2016 deverá se manter assim”, disse o presidente do Conselho de Exportadores de Lácteos dos Estados Unidos (USDEC), Tom Suber. “Os fornecedores dos Estados Unidos precisam entender que agora isso pode ser normal por enquanto e que precisarão ser particularmente agressivos para competir com os exportadores da Europa e da Oceania”.
Em longo prazo, entretanto, o USDEC está confiante de que a demanda global por lácteos novamente pressionará as ofertas de leite disponíveis. “Isso deverá trazer maiores preços e uma retomada no aumento das exportações aos fornecedores dos Estados Unidos”, disse Suber.
As informações são do blog do USDEC, traduzidas pela Equipe MilkPoint.