Europa: preços dos lácteos aumentam mas produtores ainda não sentem os benefícios

Os preços dos produtos lácteos europeus estão se estabilizando, à medida que a demanda de exportação aumenta, mas os produtores terão que esperar para sentir os benefícios, disse a Comissão Europeia. Ela fez comparações com o mercado de lácteos em 2009, quando os maiores preços dos produtos lácteos demoraram para se traduzir em maiores preços ao produtor.

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Os preços dos produtos lácteos europeus estão se estabilizando, à medida que a demanda de exportação aumenta, mas os produtores terão que esperar para sentir os benefícios, disse a Comissão Europeia. Ela fez comparações com o mercado de lácteos em 2009, quando os maiores preços dos produtos lácteos demoraram para se traduzir em maiores preços ao produtor.

A Comissão Europeia espera que o volume total de leite distribuído pelos produtores às indústrias na União Europeia (UE) nesse ano e em 2017 aumentará graças ao maior rendimento por vaca. "Desde a primeira semana de maio, os preços da UE começaram a aumentar”, disse a Comissão. Os preços da manteiga aumentaram 12% em seis semanas, enquanto os preços do leite em pó integral aumentaram 11%. Porém, o preço do leite cru, de 27,27 euros (US$ 30,07) por 100 quilos, ainda estava 13% menor que no ano anterior em abril, e quase 30% menor que em abril de 2014.

A Comissão Europeia disse que um relatório dos Estados Membros “indica que mais cortes de preços ocorreram em maio, quando os preços dos lácteos começaram a se recuperar”. “Esse atraso na transmissão de preços segue uma via similar à de 2009, quando os decréscimos mais fortes nos preços mensais ocorreram em março e abril, enquanto os preços dos lácteos já tinham se estabilizado”.

A demanda por lácteos da China, que é um fator importante nos preços mundiais dos lácteos, está se recuperando após uma queda prolongada. A Comissão Europeia nota que “as importações chinesas se recuperaram fortemente em janeiro”. Até maio, as importações chinesas aumentaram 22% com relação ao ano anterior.

Outro fator que está pesando nos mercados é o embargo russo às importações de lácteos, junto com vários outros alimentos. Antes das sanções, a Rússia absorvia 30% das exportações de lácteos da UE. Porém, a Comissão Europeia disse que as maiores exportações à Ásia estavam balanceando a perda de comércio com a Rússia. “O aumento das exportações de queijos, especialmente ao Japão, Coreia do Sul e Arábia Saudita é tão forte, que as exportações totais em 2016 deverão se igualar aos níveis de antes do embargo russo”.

De fato, a UE está aumentando sua participação no mercado mundial de lácteos para 37%, 3 pontos a mais que no ano anterior. “As exportações mundiais foram levemente menores que no ano anterior nos primeiros quatro meses do ano”. Porém, assim como outros importantes exportadores, Nova Zelândia, Reino Unido e Austrália viram um declínio significativo nas importações e os envios da UE aumentaram 6%.

As importações de lácteos dos Estados Unidos estão sendo suprimidas pela crescente demanda doméstica, que também está impulsionando as importações. As exportações da Austrália e da Nova Zelândia, ao mesmo tempo, estão menores devido à menor produção.

Em 19/07/16 – 1 Euro = US$ 1,10303
0,90577 Euro = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)

As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint.
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