Europa: Escândalo da carne de cavalo "abriu os olhos" das indústrias de lácteos para os perigos da adulteração
A gerente de mercado da FOSS - empresa fornecedora de soluções de testes de produtos -, Dorthe Bisgard Oldrup, disse que o escândalo da carne de cavalo levou as indústrias de lácteos europeias a pensar mais sobre testar os produtos lácteos buscando anormalidades.
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A gerente de mercado da FOSS, Dorthe Bisgard Oldrup, disse que o escândalo da carne de cavalo levou as indústrias de lácteos europeias a se preocupar mais sobre testar os produtos lácteos, buscando anormalidades.
No começo desse ano, níveis significativos de carne de cavalo - não declarada - foram encontrados em alguns produtos alimentícios. A carne de cavalo foi vendida como se fosse carne bovina. O problema foi primeiramente divulgado em janeiro de 2013, quando se reportou que foi descoberto DNA de cavalo em hambúrgueres de carne bovina congelados, vendidos em vários supermercados ingleses e irlandeses.
De acordo com Oldrup, o “intransigente” setor de lácteos europeu abriu sua mente para os perigos da adulteração como resultado direto desse problema. “Nós recebemos muito mais requerimentos de testes de adulteração dos processadores de lácteos europeus, desde que o escândalo da carne de cavalo começou. Isso é interessante, porque a Europa é tradicionalmente muito intransigente, enquanto sempre temos muitas questões sobre adulteração de processadores de lácteos na Ásia e na América do Sul. Os processadores de lácteos da Europa estão começando a pensar mais sobre a qualidade de seus produtos finais”.
A venda de leite cru entre fronteiras impulsionou essa maior cautela entre os processadores de lácteos na Europa, disse Oldrup. “Uma coisa que se tornou mais um problema é que alguns processadores de lácteos não têm ideia de onde vem sua matéria-prima. Quando estes compram seu leite localmente, é muito mais fácil monitorar. Com mais vendas entre fronteiras, é importante medir a qualidade em cada passo da cadeia de fornecimento. Não é possível apontar todas as possíveis adulterações, porque os adulterantes usados mudarão à medida que surjam oportunidades para ganhos econômicos. É como o doping no esporte. Porém, podemos testar para detectar anormalidades. Podemos ver se existe algo errado em cada passo da cadeia de fornecimento”.
De acordo com Oldrup, testes de qualidade na cadeia de fornecimento são praticados pelos processadores europeus por anos. Entretanto, em nações economicamente emergentes, como China e Índia, testes que vão “da fazenda ao consumidor” estão muito no começo ainda. “O foco nos testes de qualidade dos produtos nos países BRIC está crescendo. Melhorar a qualidade dos produtos lácteos se tornou uma grande área de foco para processadores de lácteos nesses países. Na Europa, eles monitoram tudo. Na Ásia, isso ainda está por vir”.
A reportagem é do Dairy Reporter, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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