“Comparado com 1944, a produção de leite por vaca aumentou em 443%”, disse o professor da Universidade de Cornell, Dale Bauman aos participantes da Conferência Regional de Lácteos de Great Lakes, em Frankenmuth, Michigan, nos Estados Unidos. Quando se usa dados mais recentes, de 2011, essa porcentagem aumenta para 467% à medida que a produção aumentou para 9.682 quilos por vaca.
“Ao mesmo tempo, as pegadas de carbono de uma unidade de leite produzida em 2007 era apenas 37% das pegadas de 1944”, disse ele, citando uma pesquisa conjunta conduzida por Jude Capper e Roger Cady. “Estamos produzindo uma quantidade igual de leite requerendo somente 21% de animais, 23% de alimentos, 35% de água, 10% da terra e somente 24% de dejetos animais”, disse ele.
Dessa maneira, os dados mostram que as vacas leiteiras atuais estão mais eficientes que as de antigamente. “Em 1944, uma vaca média utilizava 65% de sua ingestão de alimentos para mantença e somente 35% para a síntese de leite”, explicou Bauman. “Esses números são essencialmente contrários em 2007, onde uma vaca média utilizava somente 33% da ingestão de energia para mantença e 67% para a produção de leite. O resultado é que hoje, um galão de leite pode ser produzido usando menos nutrientes, menos dejetos animais e menor custo”, disse Bauman.
“A agricultura contribui com menos de 6% das pegadas de carbono totais dos Estados Unidos. A agricultura animal contribui com menos de 3%, com os lácteos contribuindo com 0,7%”, disse ele, notando que a agricultura está fazendo sua parte para melhorar nessa questão. Bauman também sugeriu que a indústria de lácteos deveria ficar com alguns créditos de carbono por fornecer subprodutos para consumo humano e indústria de fibras que reduziriam mais esses números.
No entanto, ele disse que não é hora de parar de trabalhar nisso. “Para suprir as demandas da humanidade, teremos que produzir bem mais alimentos nos próximos 40 anos do que já produzimos na história do mundo. Em uma base global, um número estimado de 925 milhões de pessoas estão subnutridas e 16.000 crianças morrem de desnutrição todo dia. Nos Estados Unidos, mais de 17 milhões de crianças estão com risco de passar fome e uma em cada cinco famílias vive insegurança alimentar”.
Os lácteos podem ter um papel importante para suprir as demandas nutricionais humanas. “O Guia Dietético para Americanos de 2010 identificou os produtos lácteos como a principal fonte de quatro dos sete “nutrientes que preocupam” reconhecidos como sendo marginais ou inadequados nas dietas de adultos. Os lácteos fornecem três dos cinco “nutrientes preocupantes” para as dietas de crianças”, disse ele.
Mesmo com as atuais taxas de consumo, os lácteos contribuem com nutrientes significantes em uma porcentagem menor de calorias. “Os lácteos somente contribuem com 10% das calorias da dieta. Entretanto, em uma base de porcentagem, fornecem: 58% de vitamina D; 51% de cálcio; 28% de vitamina A e fósforo; 26% de vitamina B12; 18% de proteína; 16% de zinco e potássio; e 13% de magnésio”.
O texto é de Corey Geiger, editor da Hoard’s Dairyman, traduzido e adaptado pela Equipe MilkPoint.
EUA: Vacas mais "eficientes" garantem pegadas de carbono reduzidas
"Em 1944, uma vaca média utilizava 65% de sua ingestão de alimentos para mantença e somente 35% para a síntese de leite", explicou o professor da Universidade de Cornell, Dale Bauman . "Esses números são essencialmente contrários em 2007, onde uma vaca média utilizava somente 33% da ingestão de energia para mantença e 67% para a produção de leite. O resultado é que hoje, um galão de leite pode ser produzido usando menos nutrientes, menos dejetos animais e menor custo", disse.
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