EUA: Tecnologia torna as operações de lácteos mais eficientes

As novas tecnologias disponíveis aos produtores estão mudando a forma como o leite é produzido em muitas fazendas dos Estados Unidos.

“Produção leiteira de precisão é o nome usado para descrever diferentes áreas de inovação das fazendas leiteiras. O benefício que todas as várias novas ferramentas têm é que aumentam a eficiência na produção de leite”, disse a cientista do setor leiteiro da University of Minnesota Extension, Marcia Endres. Ordenhadeiras robóticas, sensores individuais em vacas, alimentadores automáticos de bezerros e tecnologias de salas de ordenha alinhadas estão entre essas inovações.

As ordenhadeiras robóticas, ou sistemas automáticos de ordenha (AMS, sigla em inglês), estão se tornando mais populares nas fazendas leiteiras de Minnesota, à medida que os produtores buscam melhorar a atribuição de trabalho em suas operações. A ordenha robótica aumenta a flexibilidade, de forma que os produtores familiares podem ocasionalmente estar longe da fazenda e ter melhor qualidade de vida. “A ordenha é uma tarefa repetitiva que se beneficia de ser feita exatamente da mesma forma toda vez, o que a torna perfeita para a robótica”, disse o educador de lácteos em St. Cloud, Jim Salfer.

O Estado é um dos líderes nos Estados Unidos no número de AMS, de acordo com Endres, após o primeiro ser instalado em 2006. “Esse crescimento foi direcionado pelo excelente serviço, conhecimento dos vendedores e produtores interessados”, disse ela. Salfer e Endres estão atualmente conduzindo um estudo de campo com 52 fazendas AMS em Minnesota e Wisconsin.

O AMS essencialmente deixa as vacas ordenharem a elas mesmas. Ao longo do tempo, o sistema também ajuda a melhorar a qualidade do leite. “As vacas gostam disso também”, disse Salfer. “Ao invés de serem arrebanhadas na sala de ordenha duas ou três vezes por dia em grupos, cada vaca pode se mover em seu próprio ritmo e se aproximar do AMS para ser ordenhada quando está pronta”.

Salfer previu que as fazendas usando ordenhadeiras robóticas crescerão exponencialmente, o que poderá impulsionar a economia do estado. O sétimo maior estado leiteiro dos Estados Unidos, Minnesota, exporta cerca de US$ 191 milhões em produtos lácteos anualmente.

Os sensores ligados às vacas coletam uma série de informações que dão aos produtores de leite informações mais precisas sobre cada vaca, dessa forma, ajudando a manejar o rebanho de forma mais eficiente e melhorando a saúde e a reprodução do mesmo. Os sensores podem fornecer dados relacionados à temperatura da vaca, ruminação, atividade ou outras características de cada animal individualmente. Endres disse que isso pode ajudar os produtores a identificar problemas de saúde mais cedo. O melhor cuidado animal é um benefício, devido à identificação mais rápida de doenças, que pode resultar em mais produtividade.

Os alimentadores automáticos de bezerros reduzem o trabalho e o tempo requerido para alimentar bezerros misturando adequadamente e fornecendo substitutos do leite ou leite de vaca. Muitas fazendas leiteiras de Minnesota investiram em sistemas de alimentadores automáticos, mas os produtores ainda têm dúvidas sobre os procedimentos de alimentação para otimizar a saúde, o bem-estar e o desempenho de crescimento dos bezerros.

Tecnologias de salas de ordenha alinhadas é um termo que cobre várias novas ferramentas para produtores de leite. Essas tecnologias monitoram e avaliam diferentes facetas do sistema de produção. Exemplos incluem equipamentos especializados de ordenha, testes individuais de vacas na hora da ordenha e sistemas de nutrição que fornecem, a cada vaca, a melhor ração individual.

Endres e outros membros da equipe de lácteos da Extension estão coletando dados de várias fazendas leiteiras do Meio-Oeste que usam ordenhadeiras robóticas e alimentadores automáticos de bezerros. A tecnologia de sensores também fornece dados que Endres usa em sua pesquisa sobre o comportamento das vacas, bem como seu bem-estar.

“É a onda do futuro, mas nem todos esses sistemas têm que ser usados de uma só vez em uma fazenda leiteira. Cada produtor escolherá as tecnologias que mais beneficiam sua operação”.

Minnesota exporta cerca de US$ 191 milhões em produtos lácteos anualmente.

A reportagem é do Dairy Herd, traduzida e adaptada pela equipe MilkPoint.