EUA: setor lácteo busca reduzir emissões de gases de efeito estufa

As emissões de gases de efeito estufa agrícolas representam 8,1% do total das emissões de gases de efeito estufa dos Estados Unidos e a indústria de lácteos está sendo desafiada a reduzir suas emissões, enquanto mantém sua lucratividade. Em um estudo publicado no Journal of Dairy Science, pesquisadores reportaram que as fazendas com menores pegadas de carbono e vacas de maior produção são mais lucrativas.[...]

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As emissões de gases de efeito estufa agrícolas representam 8,1% do total das emissões de gases de efeito estufa dos Estados Unidos e a indústria de lácteos está sendo desafiada a reduzir suas emissões, enquanto mantém sua lucratividade.

Em um estudo publicado no Journal of Dairy Science, pesquisadores reportaram que as fazendas com menores pegadas de carbono e vacas de maior produção são mais lucrativas, sendo uma situação de ganho para todos, incluindo as vacas.

Os pesquisadores, Di Liang e Victor E. Cabrera, do Departamento de Ciência dos Lácteos da Universidade de Wisconsin-Madison, usaram o modelo de sistema integrado de fazenda (IFSM), disponibilizado pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), para simular o desempenho de fazendas leiteiras representativas de Wisconsin e prever os resultados financeiros e ambientais em um período de 25 anos. A simulação do IFSM leva em conta vários processos interativos que incluem produção agrícola e de pastagem, colheita agrícola, armazenamento de ração, manejo de pastos, alimentação e esterco.

“Nós descobrimos que as emissões de gases de efeito estufa por quilo de produção de leite corrigida para energia são reduzidas aumentando a produção de leite, reduzindo a taxa de reposição do rebanho ou melhorando a eficiência reprodutiva. Dessa forma, estratégias apropriadas de manejo da fazenda leiteira poderiam fornecer uma solução que aumenta o lucro da propriedade enquanto reduz as emissões de gases de efeito estufa”, disse Cabrera.

Em seu modelo, a fazenda tinha 100 vacas leiteiras em lactação e 100 hectares arrendados de terras agrícolas. A topografia e o tipo de solo foram definidos, bem como o mix de culturas (alfafa e milho), números e tipos de equipamentos agrícolas, bem como as programações de plantio e colheita. Os pesquisadores mediram como o modelo respondeu a duas práticas de manejo: voltado para a produção de leite – onde as alocações de alimentos são variadas para alcançar a produção desejada por animal – e estrutura de rebanho, como representado pela porcentagem de vacas jovens, na primeira lactação.

“A indústria de lácteos está comprometida com a sustentabilidade econômica de nossos produtores selecionando uma nova geração de vacas saudáveis, de vida longa e de alta produção”, disse o editor chefe do Journal of Dairy Science, Matthew C. Lucy, professor de ciência animal da Universidade de Missouri. “O que os modelos estão nos dizendo é que trabalhar em direção a essa meta reduzirá as pegadas de carbono de nossa indústria”.

Lucy acredita que esse estudo demonstra que a redução das pegadas de carbono não são contrárias à lucratividade da fazenda e, de fato, são complementares.

A reportagem é da Feedstuffs, traduzida pela equipe MilkPoint.
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