EUA: proposta de reduzir limite de CCS para 400.000 não foi aceita

Mais uma vez, a proposta da Federação Nacional de Produtores de Leite dos Estados Unidos (NMPF, sigla em inglês) para trazer o limite legal de contagem de células somáticas (CCS) no país para um nível de acordo com as regulamentações adotadas por outros países, como Nova Zelândia, Austrália e Europa, foi rejeitada em 24 de abril de 2013. Quando se fala de qualidade do leite, essa decisão coloca os Estados Unidos atrás da curva.

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Mais uma vez, a proposta da Federação Nacional de Produtores de Leite dos Estados Unidos (NMPF, sigla em inglês) para trazer o limite legal de contagem de células somáticas (CCS) no país para um nível de acordo com as regulamentações adotadas por outros países, como Nova Zelândia, Austrália e Europa, foi rejeitada em 24 de abril de 2013. Quando se fala de qualidade do leite, essa decisão coloca os Estados Unidos atrás da curva.

No final, a proposta para reduzir o limite legal de CCS para leite Classe A para 400.000 foi derrotada por uma margem bem maior do que na votação de 2011. Dos representantes presentes, 22 foram a favor da redução do limite, 28 votaram contra a proposta e um se absteve. A Conferência Nacional de Embarques Interestaduais de Leite (NCIMS) somente se reunirá de novo daqui dois anos.

Os delegados negaram anteriormente a proposta para reduzir o limite legal da CCS de 750.000 células por mililitros de leite para 400.000 em 2014, uma votação de 26 contra e 25 a favor há dois anos. O NCIMS se reúne a cada dois anos para discutir pontos referentes ao leite pasteurizado que servem como base para inspeções e controle de qualidade de fazendas e plantas leiteiras para lidar com o leite Classe A. A ação tomada pelo NCIMS é de aconselhamento à Administração de Alimentos e Drogas (FDA), que é responsável pelas inspeções e pela segurança do leite.

O atual limite legal de 750.000 está em prática desde 1993. O leite de cada fazenda leiteira precisa ser testado para CCS por pelo menos quatro vezes a cada seis meses. A maioria das plantas testa cada caminhão que chega na indústria com leite e a fazenda que apresenta duas amostras de quatro com mais de 750.000, recebe uma notificação. A fazenda que tem três amostras de cinco acima do limite de CCS é rebaixada e não pode mais vender leite Classe A. Antes de 1993, o limite legal era de 1 milhão de células. Antes de 1986, era de 1,5 milhão de células.

Para muitos produtores dos Estados Unidos, cujo leite é transformado em produtos destinados ao consumo na Europa, o limite de 400.000 CCS já existe. Essa regulamentação se aplica a cada fazenda individual e não como uma média de um grupo de fazendas. Recentemente, os Estados Unidos exportaram o equivalente a mais de 13% de sua produção de leite.

As propostas para reduzir o limite de CCS para 400.000 foram enviadas várias vezes, sendo que as primeiras foram rejeitadas com base na questão de que a CCS/mastite constitui uma questão de sanidade animal e não de saúde humana ou segurança do leite. Entretanto, nesta nova proposta houve mais suporte para reduzir o limite da CCS na reunião da NCIMS. O Comitê Conselheiro da Indústria de Lácteos do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) recomendou que o limite de 400.000 seja implementado em um prazo de 48 meses ou menos.

Os estados de Idaho e Oregon adotaram limites mais rígidos em 2012, mudando para 400.000 e 500.000, respectivamente. A Califórnia também estabeleceu o limite de 600.000 faz tempo.

A reportagem é do http://www.hoards.com, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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Eduardo Fonseca Portugal
EDUARDO FONSECA PORTUGAL

MARECHAL CÂNDIDO RONDON - PARANÁ - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 07/05/2013

Genteeee! Acordem!



O fato do segmento não aceitar a mudança de padrão para CCS no limite de 400.000,não traduz a realidade daquele País que hj gira em torno de 300.000! Não adianta criar a norma(intenção normativa(IN 51) hj Instrução Normativa 62(Brasil) só para Inglês ver! Nossa realidade é periclitante! Ainda prefiro contagens altas do que resíduos de antibióticos! O problema ainda é mt mais profundo do que parece! Temos que reorganizar toda a cadeia do leite neste País,começando com a boa relação entre RIISPOA e Anvisa! Querem mais! Sds,Portugal.
arlindo duarte
ARLINDO DUARTE

VIAMÃO - RIO GRANDE DO SUL

EM 06/05/2013

pelo menos estamos produzindo um leite bom, em nosso pais sem ajuda de ninguem, na marra, em outros paises são cheios de beneficios governamentais aqui só fiscalisam, quando fazem isso.

Os brasileiros são muito trabalhador, são muito bons no que fazem, nosso problema é o monte de pilantragem que vem atraz, ja pensou colocar agua oxicigenada no leite, as crianças bebendo,  MAS QUE PORCARIA TCHE
Charles Neumann
CHARLES NEUMANN

PALMEIRA DAS MISSÕES - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 02/05/2013

Como dito acima, o leite que produzimos deve ser de qualidade (ninguém gosta de leite com pus), dizer que o Brasil deve seguir os passos dos Estados Unidos é a maior besteira, afinal esse serve de referência em produtividade e não em qualidade (ao menos analisando números). Dizer que tem mercado exportando 13% da produção. Porque então o Brasil não seguir o exemplo da Nova Zelândia que exporta mais de 90% do leite, com CCS média do pais próximo de 240.000 CCS/ ml de leite.

E onde CBT é problema? Me desculpe a franqueza mas o produtor que não consegue resultados abaixo de 100.000 UFC/ml não deveria nem mesmo estar no mercado pois isso se faz possível apenas higienizando o seu equipamento.

Sendo assim vamos parar de reclamar e por a mão na massa!
Hermenegildo de Assis Villaça
HERMENEGILDO DE ASSIS VILLAÇA

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 02/05/2013

Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço.





     
Estêvão Domingos de Oliveira
ESTÊVÃO DOMINGOS DE OLIVEIRA

QUIRINÓPOLIS - GOIÁS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 01/05/2013

Impressionante...



Quando os produtores investem tempo e recursos buscando reduzir a Contagem de Células Somáticas de seus rebanho os principais beneficiados são eles mesmos. Não aceitar a busca por esses índices é um grande retrocesso. Isso demonstra o grau de desconhecimento do setor em relação ao problema da mastite.



Valores de CCS superiores a 250.000 células por ml de leite causam redução na produção leiteira das vacas que pode chegar a 10-20%. Quanto maior a CCS mais frequentes os casos de mastite clínica no rebanho, maiores os gastos com antibióticos, tempo de lida com animais,perca de tetos, descarte de leite e vacas.



Como já disse várias vezes Paulo Machado da Clínica do Leite (USP) "As perdas com a mastite subclínica, embora muitas vezes despercebidas pelos produtores, podem ser equivalentes à margem de lucro potencial do negócio".



Produzir um leite com baixa contagem de células somáticas é possível, necessário e gera muito mais retorno no longo prazo para a cadeia produtiva do leite que simplesmente o aumento de produção.


sergio lopes de azevedo
SERGIO LOPES DE AZEVEDO

GUARANI - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 01/05/2013

buscar produzir leite de qualidade sempre deve ser o foco de todos,mas ,so vamos conseguir este  quando tivermos apoio educacional aos produtores.

  visitei alguns pequenos produtores, (maioria da cadeia produtora no brasil), não faziam pre, pos ,lavagem de tetas,etc. muitos não sabiam sequer o que é bactéria e onde elas se encontram.

portanto noção de higiene é zero.

   sergio Lopes.
Jacson William
JACSON WILLIAM

RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 30/04/2013

No meu ver, produzir leite de qualidade é uma obrigação. Devemos sempre lembrar que lá na ponta (mercado), quem vai consumir são, muitas vezes idosos, crianças, enfermos, enfim pessoas. Se cobra exigências higiênico-sanitárias de carnes e outros  produtos de origem animal e vegetal, e com o leite parace um verdadeiro descaso. Falta rigor e penalização aos produtos de má qualidade. Se em parte os EUA não produzem leite de qualidade, é problema deles e não quer dizer que no Brasil, por ser um país em desenvolvimento tenha seguir os passos errados dos EUA.

Vamos disponibilizar para os consumidores produtos de qualidade...
joão lemke
JOÃO LEMKE

SÃO LOURENÇO DO SUL - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 30/04/2013

imagina com as condições de estrada e energia que imperam no nosso interiorzão,produzir leite com qualidade de primeiro mundo.
Claudio Winkler
CLAUDIO WINKLER

CARAMBEÍ - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 29/04/2013

Em parte, eles estão em situação confortável. Como própria reportagem coloca, o fato do limite nacional ser 700.000 não impede que o leite de alguns produtores (ou seus derivados) tenha como destino o mercado europeu, desde que estes produtores, especificamente, estejam dentro do padrão europeu. Então, se estão conseguindo exportar, se há mercado, pra que mudar? Posso entender perfeitamente que a margem de votação agora tenha sido maior que em 2011.
paulo sergio ruffato pereira
PAULO SERGIO RUFFATO PEREIRA

RIO BONITO - RIO DE JANEIRO

EM 29/04/2013

Reitero meu comentário, sobre o mesmo assunto, postado aqui em 15/06/2011.

Pois é, a 14 anos(agora 16), que os Estados Unidos tentam reduzir as suas CCS dos atuais 750.000/ml(nosso padrão atual), para 400.000/ml( nosso padrão a partir de 01/07/20011), a vigorar a partir de 2014 o que já tentaram 7(agora 8 vezes,1 x cada 2 anos), sendo que não conseguiram,



Isso é mais um dado que serve de reflexão ao momento atual de discussão sobre o assunto aqui no Brasil, em que pese o problema deles é com as CCS(sanidade do rebanho), e o nosso problema maior é UFC(higiênico-sanitário), e é noís que estamos em desenvolvimento, adotando padrões internacionais de países já desenvolvidos e principais produtores internacionais de leite a décadas.



Ainda mais partindo de um pais que pretende regulamentar e permitir a comercialização de "leite cru", conforme matéria veiculada pelo Milkpoint, a algumas semanas atrás.

Estão na contra mão da historia, da qualidade e segurança alimentar em seu próprio pais, e quando de seu interesse(importação), impõem restrições de ordem higiênico-sanitárias, a produtos de outros países..    


Qual a sua dúvida hoje?