O grupo citou que a produção mundial de leite “continua ultrapassando a demanda relativamente modesta”, destacando em particular um aumento de mais de 2,5% com relação ao ano anterior na União Europeia (UE), onde os volumes foram impulsionados pelo fim das cotas de produção. “Isso é particularmente significativo quando se considera que o tamanho geral da produção de lácteos na Europa é aproximadamente sete vezes maior do que o da Nova Zelândia”, maior exportador de lácteos do mundo, disse Gregg Tanner, diretor executivo da Dean Foods
Ele também levantou dúvidas sobre a probabilidade de os preços serem impulsionados por uma recuperação na demanda da China, cujas massivas importações levaram a aumentos nos preços mundiais no ano passado. “Vemos a oferta de leite da China se expandindo mais rápido do que seu consumo mais fraco”. E nos Estados Unidos, ele disse que o “atual momento da demanda doméstica, devido ao rebanho levemente maior e ao crescimento na produtividade mais do que compensa o impacto da seca continuada na Califórnia. Esses fatores de oferta e demanda devem contribuir para um ambiente relativamente benéfico ao setor de lácteos em curto prazo”.
A Dean Foods previu que os preços do leite Classe 1, usado em produtos lácteos fluidos, retornarão a declinar após a recuperação de julho e setembro. Os valores no período de outubro a dezembro foram previstos em US$ 35,76 por 100 quilos, 31% menor em média do que no ano anterior e 1% a menos que no trimestre anterior.
Entretanto, a Dean Foods escolheu não repassar aos varejistas toda a queda em seus custos de leite, permitindo que suas margens se recuperassem de apenas US$ 2,43 por 100 quilos em novembro de 2014 para mais de US$ 4,75 por 100 quilos em fevereiro, antes de retrair para US$ 3,37 por 100 quilos em setembro. Em volume, a estratégia custou à Dean Foods certa participação de mercado no começo de 2015, apesar de haver sinais de que isso está sendo recuperado no período de julho a setembro.
Certamente, isso ajudou o grupo a retrair para lucros de US$ 20,23 milhões para o trimestre, comparado com uma perda de US$ 15,97 milhões no mesmo período do ano passado. Os lucros foram de US$ 0,30 por ação, mais que as expectativas de US$ 0,24 por ação. A Dean Foods previu lucros de US$ 0,28-0,38 por ação para o trimestre de outubro a dezembro, mais que as expectativas de Wall Street, de US$ 0,24 por ação.
As informações são do Agrimoney.