O porta-voz do grupo socialista no Parlamento de Galicia, na Espanha, Pablo García, previu que se não forem implementadas medidas definitivas, no futuro, haverá uma nova crise no setor leiteiro que de novo repercutirá negativamente nas propriedades de leite galegas. García disse que se atualmente os preços do leite se movem na média estatal, essa circunstância obedece à forte demanda internacional.
“Enquanto outros governos aproveitam essa situação para dar estabilidade e implantar relações contratuais aos produtores, nós não estamos fazendo isso e serão nossos produtores que pagarão as consequências”.
Ele lembrou que há um ano, o presidente da Xunta de Galicia, Alberto Núñez Feijóo, liderou as reuniões que chegaram em um acordo para por fim à greve nas entregas protagonizada pelos produtores. No entanto, ele acusou Feijóo de que, um ano depois, “nenhum desses compromissos foi cumprido”.
Ele disse que a Xunta não está tomando medidas “que garantam uma situação de estabilidade” e previu que haverá “outra grande crise que, quando vier, será mais grave” para os produtores de leite.
Não há um plano claro para o "Pacote Lácteo". Nesse sentido, explicou que alguns países estão desenvolvendo as medidas previstas no denominado “Pacote Lácteo”, posto em marcha pela Comissão Europeia para regulamentar o mercado. “Porém, nós não estamos fazendo”, de forma que quando vier a crise, os produtores galegos estarão indefesos, “porque não se desenvolve nenhum tipo de política”.
García disse que a lei de medidas para melhorar o funcionamento da Cadeia Alimentar “não incluem as reinvindicações” combinadas na reunião mantida há um ano entre Feijóo e os sindicatos agrários.
Da mesma forma, disse que o sistema de arbitragem dos preços “é uma falsa caricatura” em Galicia e que, do total de contratos homologados que os produtores firmam com as indústrias, somente 0,01% têm um ano de duração, sendo o restante de dois ou três meses”.
A reportagem é do www.agroinformacion.com, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.