"Escassez" de leite da China deverá durar até pelo menos 2015

A escassez na produção de leite na China, que levou ao aumento nas importações, continuará até pelo menos 2015, disse a principal companhia de lácteos do país - revelando um aumento nos lucros, que contrastou com [...]

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A escassez na produção de leite na China, que levou ao aumento nas importações, continuará até pelo menos 2015, disse a principal companhia de lácteos do país – revelando um aumento nos lucros, que contrastou com a queda nos ganhos da gigante neozelandesa, Fonterra.

O vice-presidente sênior da China Mengniu Dairy, Bai Ying, disse que a “situação de escassez de leite da China continuará nesse ano”, ainda que com uma melhor influência no próprio grupo. “Isso ainda poderá ter um impacto sobre a companhia, mas em menor extensão”, disse ele, destacando os esforços da China Megniu para aumentar sua própria produção, tendo quatro plantas de lácteos em produção, mais quatro previstas para inaugurarem nesse ano e mais dois em projeto.

A Mengniu também se tornou a maior acionista da China Modern Dairy, pagando HK$ 3,18 bilhões (US$ 409,87 milhões) em maio para aumentar sua participação para 28% e gastando HK$ 470 milhões (US$ 60,57 milhões) em uma participação na YST Dairy, em novembro.

“Considerando a situação intensa atual das ofertas de leite na China, o aumento na participação acionária na Modern Dairy e na YST Dairy garante melhor à Mengiu a qualidade da oferta de leite cru”, disse a companhia.

De fato, a escassez na produção de leite chinesa – atribuída ao clima desfavorável, doenças e estratégia do Governo chinês de fechar os grupos menores, favorecendo os operadores maiores cujo controle de qualidade pode ser melhor monitorado – tem levado o país a importar volumes recordes de produtos lácteos, dando suporte aos preços internacionais.

As importações como uma proporção do consumo de lácteos do país aumentaram em 10 vezes, para cerca de 20% entre 2007 e 2013, mostraram dados da exportadora neozelandesa Fonterra na quarta-feira. Essa porcentagem deverá aumentar nesse ano, previu a cooperativa, à medida que estimou que as importações de lácteos da China serão de 1,5 milhão de toneladas, equivalente a 13,4% do total mundial. “A previsão para os lácteos permanece forte”, disse o diretor executivo da Fonterra, Theo Spierings, citando também a forte demanda de importação pela Rússia, de 1,4 milhão de toneladas.

Entretanto, a China Mengniu e Fonterra revelaram resultados diferentes, apesar dos mercados fortes. A China Mengniu revelou um aumento de 25%, para 1,63 bilhão de renminbi (US$ 264,46 milhões) em ganhos para 2013, um aumento refletindo a estratégia do governo chinês de reduzir os operadores menores e sobre grupos lácteos estrangeiros, investigando a determinação de preços das fórmulas infantis.

O grupo também lançou uma série de produtos lácteos com marca, como Black Bean Cereal Breakfast Milk o leite Energiser, para consumidores mais velhos, para garantir que as margens superassem os crescentes custos do leite. “Em 2013, enfrentamos desafios por causa da menor oferta e dos aumentos dos preços do leite cru”, disse o diretor executivo do grupo, Sun Yiping.

Ao mesmo tempo, a Fonterra, que controla cerca de um terço das exportações mundiais de lácteos, revelou uma queda de 53% nos lucros para o período de seis meses que terminou em novembro.

(veja matéria relacionada: http://www.milkpoint.com.br/cadeia-do-leite/giro-lacteo/lucro-da-fonterra-cai-53-no-1-semestre-fiscal-com-margens-menores-88229n.aspx).


A reportagem é do Agrimoney, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint Brasil.
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