Pecuaristas ampliaram produção de leite no Espírito Santo (Foto: Tatiana Caus de Souza/Incaper)
Até o fim deste ano, a meta é atingir até 2 mil produtores, por meio também de palestras e eventos de capacitação. “É muito rápida a resposta do animal que passa a receber a alimentação adequada. Em menos de um ano, o produtor já vê o resultado”, explica o presidente do Incaper, Marcelo Suzart. Ele reforça que a produtividade das propriedades capixabas é menor do que a média brasileira, que já é baixa. “Só melhorando a alimentação e o manejo do rebanho, o produtor consegue dobrar a produção”.
Um dos maiores benefícios de quem adere ao programa é a orientação recebida sobre reserva alimentar. “O produtor tem que entender a importância da reserva para enfrentar os períodos de estiagem. O programa visa ainda a capacitação do produtor, a ampliação da assistência técnica e o desenvolvimento da cadeia produtiva”, diz o extensionista e zootecnista do Incaper, Lázaro Samir Raslan.
Parte significativa dos pecuaristas capixabas ainda não conta com estrutura e planejamento alimentar adequados nas propriedades. Além disso, muitos deles adotam sistema extensivo, ou seja, sem divisão de pastagem e com relevos acidentados. “No sistema extensivo, os níveis de produtividade geralmente são baixos, uma vez que os animais têm suas dietas limitadas ao consumo de pastos nativos, vivem soltos e sem maiores cuidados”.
Para enfrentar os períodos de escassez de alimentos para o gado, especialmente em épocas de seca, uma técnica simples e de baixo custo, denominada “silo cincho”, tem sido empregada para alavancar a produção pecuária no Estado. Cerca de 90% da produção monitorada pelo Incaper é leiteira e 10% é de corte.
A tecnologia é de origem italiana e aposta no armazenamento e conservação de forragens e volumosas. “É indicado para criadores com poucos animais, que desejam ou têm a necessidade de armazenar a produção de massa de suas capineiras, ou pequenas lavouras de milho, sorgo, milheto, rama de mandioca e cana-de-açúcar”, completa Lázaro.
No Córrego Oswaldo Cruz, em Ecoporanga, o produtor de leite Elis Pegoretti conta apenas com a ajuda do filho, Paulo Roberto, na produção e na entrega em um laticínio da região. Ao todo, cuidam de 16 vacas. Com o incentivo do Incaper, a família adotou a silagem. Cerca de 15 toneladas de comida são ensiladas, geralmente a cada 70 dias.
“Antes de usarmos o armazenamento de volumoso, a média das vacas era cerca de 3 a 5 litros. Hoje em dia são em média 8 a 10 litros por animal, com os animais consumindo somente volumoso. A nossa renda aumentou cerca de 40% por mês”, conta Elis. Na propriedade, a produção de leite varia de 90 a 160 litros recolhidos por dia.
A cidade de Ecoporanga é a maior produtora de leite do Estado, com uma produção média de 120 mil litros de leite por dia. Conta também com o maior efetivo pecuário bovino do Espírito Santo, um total de 202.917 cabeças, segundo o Idaf.
As informações são do G1.
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