Empresas retiram leite do mercado
As empresas que tiveram seus produtos envolvidos na fraude de adulteração de leite no Rio Grande do Sul se manifestaram por meio de nota e garantiram que os lotes com problemas já não estão mais disponíveis para os consumidores.
Publicado por: MilkPoint
Publicado em: - 4 minutos de leitura
Indústrias
A Líder, empresa que comercializa laticínio afirmou que retirou o lote de leite UHT (TAP 1 MB) do mercado em fevereiro deste ano, quando tomou conhecimento da possibilidade de existir um problema no produto. Segundo a companhia, foram obedecidas "todas as regras de fiscalização exigidas pelo Ministério da Agricultura".
"Em vista disso, já foram descredenciadas cinco transportadoras terceirizadas de leite cru. A empresa também decidiu fechar um dos postos de resfriamento no Rio Grande do Sul por causa da ação de fraudadores na região. A companhia tem acompanhado de perto a investigação do MP e já tomou as medidas cabíveis com relação aos envolvidos", assegurou a Líder.
"A Líder reafirma que a partir de janeiro deste ano reforçou a fiscalização do leite recebido, incluindo as novas exigências do Ministério da Agricultura. Além disso, a Líder faz dupla checagem, nos postos de resfriamento e na fábrica, e desde janeiro não detectou nenhuma adulteração no leite cru destinado à produção. O leite Líder disponível no mercado está apto, portanto, para ser consumido com segurança", completou a empresa.
A Italac, que teve cinco lotes apontados como adulterados, afirmou que o problema foi "pontual" e que ocorreu apenas no Rio Grande do Sul. "(O problema) aconteceu no transporte do leite cru, entre a fazenda e o laticínio, antes de ser industrializado", disse a empresa em nota.
"Os lotes identificados com problemas foram retirados do mercado e não se encontram mais à disposição do consumidor. Todo o leite Italac encontra-se em perfeitas condições de consumo com total segurança e qualidade", afirmou a Italac.
A empresa informou ainda que "apoia as ações do Ministério da Agricultura e Ministério Público no sentido de assegurar a qualidade do leite em toda a sua cadeia de produção e manter a confiança do consumidor nesse importante alimento".
A Vonpar Alimentos, detentora do leite Mu-Mu, em nota atribui a responsabilidade pela contaminação do leite distribuído pela marca a empresas que fazem o transporte entre a fazenda e a indústria. Reiterou que atende a todos os requisitos e protocolos de testes de matéria-prima exigidos pelo Ministério da Agricultura, mas não explicou como o produto adulterado não foi identificado.
"A investigação do Ministério Público está concentrada no transporte entre o produtor leiteiro e os postos de resfriamento onde o produto fica armazenado antes da entrada em nossa fábrica", disse a empresa no comunicado. O lote "3 ARC" do leite Mu-Mu, de 18 de janeiro de 2013, produzido na unidade de Viamão - RS (SIF 1792), foi um dos que sofreram adulteração pelas cinco empresas de transporte de leite do Estado. Conforme o ministério, em nota, na análise de amostras realizadas em janeiro pelo laboratório oficial da pasta foi possível identificar a presença do formol ainda em seis lotes de leite UHT da marca Italac (da Goiasminas Indústria e Lacticínios Ltda), produzido na unidade de Passo Fundo - RS (SIF 1369) e em um lote de leite Líder (da Latícinios Bom Gosto/LBR), fabricado na fábrica de Tapejara - RS (SIF 4182).
A Coordenadoria de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Cispoa), órgão da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio do Rio Grande do Sul, interditou nesta quarta-feira (08/05) a Latvida e suspendeu temporariamente todas as atividades de laticínio da empresa após a descoberta de adulteração do leite comercializado pela companhia.
Supermercados
As principais redes de supermercados do Rio Grande do Sul informaram, nesta quarta-feira, que já retiraram das prateleiras as marcas de leite de cinco empresas cujos lotes foram adulterados com formol e ureia.
A Associação Gaúcha de Supermercados (Agas) informou que está elaborando um comunicado para as lojas orientando a retirar das prateleiras as marcas divulgadas pelo Ministério Público.
Por meio de sua assessoria de imprensa, o grupo Zaffari informou que comercializava apenas uma das marcas adulteradas e que todos os produtos já foram retiradas das prateleiras.
O Walmart, responsável pelos supermercados Atacado Maxx, Nacional, Big e Todo Dia, informa que determinou a retirada das lojas dos produtos da marca Latvida, além dos lotes adulterados das outras marcas.
Já o Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS), que tem entre seus associados empresas que venderam o leite adulterado, informou que todos os lotes identificados com problemas foram retirados do mercado. “Os estoques disponíveis no varejo estão aptos para o consumo humano”, diz a nota.
O Procon do Rio Grande do Sul orienta a população a verificar se comprou algum lote adulterado, e que, caso ainda tenha a nota fiscal, solicite junto ao estabelecimento a troca por outra marca que não tenha apresentado problemas, ou que opte pela devolução do dinheiro.
As lojas também estão sendo orientadas a trocar o produto mesmo sem nota fiscal, uma vez que os órgãos de defesa ao consumidos já tomaram as devidas iniciativas.
As pessoas que ingeriram leite dos lotes contaminados devem procurar atendimento médico para verificar se sofreram algum dano.
A matéria é do Terra, adaptada e complementada com informações da Agencia Estado pela Equipe MilkPoint.
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