Embargo da UE a lácteos de estabelecimentos israelenses é "destrutivo" para as relações palestinas

O embargo que a União Europeia (UE) impôs sobre os produtos lácteos de estabelecimentos israelenses que considera ilegais tem um impacto "destrutivo" sobre as relações de Israel e Palestina, informou o Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Israel. A partir de 1° de setembro de 2014, de acordo com a nova legislação [...]

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O embargo que a União Europeia (UE) impôs sobre os produtos lácteos de estabelecimentos israelenses que considera ilegais tem um impacto “destrutivo” sobre as relações de Israel e Palestina, informou o Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Israel.

A partir de 1° de setembro de 2014, de acordo com a nova legislação da UE, as exportações de produtos lácteos e de frango de estabelecimentos judeus no leste de Jerusalém, das Colinas de Golã e da Cisjordânia não terão permissão de entrar na UE.

A regulamentação especifica que a cobertura territorial dos certificados veterinários necessários para exportar à UE é limitada ao território do Estado de Israel. “Dessa forma, a certificação por Serviços Veterinários de Israel é reconhecida somente se os produtos vierem de territórios dentro das fronteiras pré-1967”, disse a Diretoria Geral para Saúde e Consumidores da Comissão Europeia. “A Comissão garantirá a execução dessas provisões em cooperação com autoridades israelenses”.

De acordo com as mudanças na lei, Israel foi solicitado a colocar em prática um sistema para distinguir as origens dos produtos lácteos e dos frangos.

A medida da UE, entretanto, não deverá ter um impacto muito grande nas companhias de lácteos nas áreas afetadas, disse o Ministério de Agricultura e Desenvolvimento Rural de Israel.

De acordo com informações de Israel, os produtos que vieram do leste de Jerusalém, das Colinas de Golã e da Cisjordânia são em sua maioria kosher e provavelmente serão canalizados de volta ao mercado local.

O conselheiro de mídia do ministro israelense de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Yair Shamir, Amnon Lieberman, reconheceu que disse que o impacto econômico da nova legislação seria pequeno. Ele disse, entretanto, que a mudança na lei da UE será “destrutiva para os esforços de construir confiança entre os palestinos e os israelenses”.

“Ainda esperamos que possamos convencer de forma bem sucedida a UE a cancelar essa nova legislação porque isso será destrutivo para as relações entre Israel e Palestina e afetará os palestinos que trabalham para essas empresas”.

Faltando apenas duas semanas até que o embargo entre em ação, uma coalizão do governo de Israel está negociando com a UE sobre esse assunto, disse Lieberman. “Estamos agora no meio de um dialogo com a UE sobre alguns assuntos. Esse é um deles. Nós verdadeiramente acreditamos que nossos argumentos serão ouvidos”.

“A UE ainda é um importante parceiro comercial nosso. Entre parceiros e amigos, sempre há problemas”, disse Lieberman.

A reportagem é do Dairy Reporter, traduzida pela Equipe MilkPoint Brasil.
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