Em 2015, de acordo com presidente da Aurora Alimentos, o agronegócio salvará o Brasil

Apesar das dificuldades que marcarão o cenário econômico de 2015, o setor primário da economia terá um ano relativamente bom para as cadeias produtivas de suínos, aves e leite. Esperamos que o governo intervenha menos na economia e dê autonomia para a equipe econômica recolocar nos eixos os fundamentos macroeconômicos do País.[...]

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Apesar das dificuldades que marcarão o cenário econômico de 2015, o setor primário da economia terá um ano relativamente bom para as cadeias produtivas de suínos, aves e leite. Esperamos que o governo intervenha menos na economia e dê autonomia para a equipe econômica recolocar nos eixos os fundamentos macroeconômicos do País.

Teremos boas safras no Brasil e nos Estados Unidos, o que assegurará o suprimento de milho, soja e farelo de soja para a transformação em proteína animal. Os custos de produção aumentarão - especialmente em face do encarecimento da energia elétrica, do diesel e de outros insumos - e as operações financeiras terão encargos mais pesados, com juros mais altos e menor oferta de crédito.

O segmento de carnes viverá um bom ano com crescentes exportações de carnes bovina, suína e de aves. A eclosão de epizootias e em alguns países continuará favorecendo o Brasil, que aproveitará os resultados da conjugação de vários fatores: qualidade reconhecida, preço competitivo potencializado pelo câmbio favorável, capacidade de produção e relativa escassez de carne no mercado mundial. Novos mercados surgirão no continente asiático; a China voltará a crescer acima de 7% e a Índia caminha para se tornar grande parceiro comercial.

Apesar desse quadro de otimismo, a produção de carnes no Brasil não aumentará e a base produtiva continuará no mesmo nível. Os produtores e as indústrias atingiram um saudável ponto de equilíbrio, resultado da aprendizagem -depois de décadas de erros - sobre os efeitos perversos da gangorra (picos de alta e de baixa produção na proporção inversa de altos e baixos ganhos).

Obstáculos à exportação continuarão sendo as nossas deficiências logísticas. De acordo com o Fórum Econômico Mundial, entre 148 países pesquisados, o Brasil está em 71o lugar em termos de infraestrutura, na educação e treinamento de mão de obra, em 72a posição e em eficiência de mão de obra, 92o lugar.

Por isso, é um fato extraordinário a agropecuária nacional exportar mais de 100 bilhões de reais por ano e, assim, literalmente salvar a balança comercial brasileira. Esse desempenho ocorre apesar da falta de incentivo, da péssima infraestrutura, dos gargalos logísticos e da restritiva legislação. O Brasil é o único País do mundo onde a legislação ambiental exige reserva legal. É o segundo País do mundo em cobertura florestal original nativa que está em 56%, enquanto a Europa mantém apenas 0,1% de cobertura florestal.

O texto é de Mario Lanznaster, presidente da Aurora Alimentos .
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everton cavichao
EVERTON CAVICHAO

FRANCISCO BELTRÃO - TOCANTINS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 12/01/2015

quando se fala em produção nos sabemos o que fazer uma coisa que temos e vontade de trabalhar todos os dias,no entanto nos faltam incentivos na questão de garantias de preços,o leite estamos ganhando o preço desleal aos nossos custos,na avicultura somos subemetidos as integradoras ganhamos o que eles acham viável a nos pagar.ate quando vai ser assim....assim  mesmo trabalhamos pois nascemos na roça e vamos morrer cavocando............
Faquini
FAQUINI

CURITIBA - PARANÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 08/01/2015

E no agronegócio, a força do segmento Cooperativista, se mostra mais forte e estratégico para o país, pois os lucros são re-aplicados na economia nacional, com novos investimentos em melhorias e aumento de capacidade produtiva instalada e retorno aos produtores, para viabilizar a continuidade da operação.
Alamir Borges Stephan Filho
ALAMIR BORGES STEPHAN FILHO

CUIABÁ - MATO GROSSO - REVENDA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

EM 08/01/2015

Politicas publicas deveriam ser mais voltadas a agricultura brasileira tanto para pequenos, medios e grandes produtores, pois toda a classe sofre com essa logistica precaria de infra estrutura que aumenta muito o valor de escoamento da safra.

Cursos e palestras deveriam ser mais focadas para o trabalhor rural que infelizmente não acompanham a tecnologia de produção que abrange o mundo todo.
claudir jorge kuhn
CLAUDIR JORGE KUHN

TOLEDO - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/01/2015

Se não for a agricultura, qual outro setor para segurar as pontas?
Qual a sua dúvida hoje?