A disponibilidade de leite per capita na Índia, maior produtor de leite do mundo, é levemente maior do que a média mundial, de acordo com a presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento de Lácteos (NDDB), Amrita Patel, que disse isso na 42a Conferência da Indústria de Lácteos com o tema “Indústria de Lácteos Indiana: Questões de Crescimento & Comércio”.
Durante seu discurso na conferência organizada pela Associação Indiana de Lácteos (IDA), Patel disse que a disponibilidade per capita de leite na Índia é de 290 gramas por dia, que é levemente a mais do que a média mundial, que é de cerca de 285 gramas por dia.
“O crescimento na produção de leite em nosso país, como refletido na taxa de inflação, parece ser satisfatório quando comparado com outros alimentos proteicos, como ovos, carnes e peixe”.
Durante os últimos cinco anos, a produção de leite na Índia aumentou em cerca de 25 milhões de toneladas, comparado com um aumento de 6,6 milhões de toneladas nos Estados Unidos, 5,4 milhões de toneladas na China, 2,7 milhões de toneladas na Nova Zelândia e 1,6 milhão de toneladas na União Europeia (UE).
Patel disse que atualmente o setor organizado maneja somente 30% do mercado. Para interesse de produtores e consumidores, é necessário aumentar a participação do setor organizado (cooperativas, companhias de produtores e companhias privadas).
“O Plano Nacional de Lácteos (NDP) fixou sua meta para os próximos 15 anos de 65%, mas para conseguir isso, as companhias privadas precisarão coletar leite diretamente nas fazendas, como vem sendo feito por cooperativas e companhias de produtores. Alternativamente, como é o caso no exterior, companhias privadas precisam explorar a obtenção de seu requerimento de leite de cooperativas e companhias de produtores, as quais precisariam garantir qualidade, fornecimentos em tempos adequados e efetividade de custo quando fornecem leite a companhias privadas”.
Uma vez que as vendas de leite fluido provavelmente contribuem com grande parte do comércio de leite na Índia há vários anos, as companhias privadas precisam entrar no mercado de leite fluido além de comercialização de produtos.
“No futuro, será desejável que o setor privado e as cooperativas trabalhem juntos para garantir que as exportações sejam feitas após suprir a demanda doméstica de ambos. Se um preço maior precisa ser pago para se equiparar aos preços de exportação, então esse deve ser pago”, disse ela.
A reportagem é do The Times of India, traduzidos e adaptados pela Equipe MilkPoint.
Foto: chasindia.blogspot.com.br