De Guitar Hero a agrobotics - a tecnologia está escrevendo o futuro da agricultura

O que Guitar Hero World Tour, Hot Wheels Battle Force 5 e Clash of Ninja Revolution têm a ver com a agricultura? Mais do que você possa imaginar. A tecnologia que tornou possível o desenvolvimento de jogos do Wii e que responde às ações físicas dos jogadores tem aplicações na agricultura também, por exemplo, no rastreamento dos movimentos de gado leiteiro, promovendo a produtividade do leite.

Publicado por: MilkPoint

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O que Guitar Hero World Tour, Hot Wheels Battle Force 5 e Clash of Ninja Revolution têm a ver com a agricultura? Mais do que você possa imaginar. A tecnologia que tornou possível o desenvolvimento de jogos do Wii e que responde às ações físicas dos jogadores tem aplicações na agricultura também, por exemplo, no rastreamento dos movimentos de gado leiteiro, promovendo a produtividade do leite.

"O Wii portátil possui um giroscópio", diz Calum Murray, chefe de agricultura e alimentação da Innovate UK, uma agência governamental britânica que trabalha com universidades e empresas para promover o progresso tecnológico.

Anexe um dispositivo semelhante em uma vaca leiteira e ele vai "ajudar a entender o comportamento" do animal. "Se um animal está no cio ou doente, você vai saber, porque ele está se comportando de forma diferente do que faria normalmente. Usando um giroscópio para monitorar esse comportamento, e telemetria para enviar os dados para a fazenda, você vai perceber que ele precisa de atenção".

E este é apenas um exemplo dos tipos de avanços tecnológicos que poderiam ser aplicados à agropecuária, com desenvolvimentos em robótica, por exemplo, aumentando o potencial para "maior uso de robôs no campo" para os agricultores, diz Murray. Isso, além dos avanços da agricultura de precisão que prometem um uso mais bem orientado de insumos de culturas como fertilizantes e herbicidas - em benefício do ambiente, bem como dos custos agrícolas.

Para os criadores de gado, Murray destaca o potencial de avanços na tecnologia de criação para acelerar a melhoria genética "beneficiando saúde, bem-estar e produtividade".

No entanto, essas possibilidades contrastam um pouco com as condições que marcaram a agricultura britânica na entrada no século XXI, quando, em meio a um período de fraqueza contínua nos preços das commodities, o impulso para a inovação estava em baixa velocidade. "Nos 25 anos até 2010, nós apenas vimos um nível baixo de investimento no setor, em termos do apoio para a tecnologia”. E, destacando também a privatização da agência de aconselhamento, a ADAS, em 1997, Murray diz que "a necessidade de um serviço de extensão financiado pelo Estado talvez não tenha sido percebida como necessária".

Mas esse pano de fundo foi transformado na última década, à medida que os preços dos alimentos subiram. Isso em um momento em que pesquisadores, liderados no Reino Unido pelo cientista chefe, John Beddington, levantaram advertências sobre uma "tempestade perfeita" da crescente demanda de alimentos estimulada pelo crescimento da população global, riqueza e urbanização, enquanto a mudança climática ameaça o potencial de produção agrícola.

"Agora estamos saindo do outro lado", disse Murray, citando a aceitação generalizada da importância de que "precisamos aumentar a produtividade agrícola”. Precisamos fazer uma mudança radical no potencial produtivo, reconstruir a capacidade que se perdeu nos 25 anos anteriores a 2010”.

A Innovate UK visa colocar o Reino Unido na vanguarda desse direcionamento, para promover o trabalho promissor em universidades e institutos de pesquisa e vinculá-los aos parceiros industriais, fornecendo incentivos financeiros para ajudar os projetos a cumprir seu potencial. "Nós investimos em 350 projetos até agora", disse Murray, listando 250 milhões de libras (US$ 319,97 milhões) investidos pelo governo para apoiar os setores de alimentos e agricultura por meio de financiamento direto e estabelecimento de quatro novos centros de inovação. A expectativa é de que cada £ 1 gasto verá um retorno de £ 7-8 "em termos de valor bruto adicionado à economia do Reino Unido".

Suprir esse potencial pode demorar algum tempo, com Murray dizendo que "pode levar 10 anos para se identificar um projeto e executá-lo com sucesso", particularmente quando ele tem uma longa questão, como ciclos de melhoramento de plantas ou animais a ser levada em consideração.

"Em áreas como agricultura de precisão, o resultado pode vir um pouco mais rápido". Mas as apostas são altas, dado que o setor de alimentos em geral faz "uma enorme contribuição para a economia do Reino Unido. Há um valor agregado de 100 a 110 bilhões de libras (US$ 127,99 a 140,79 bilhões) em toda a cadeia de alimentos do Reino Unido, e a agricultura sustenta essa cadeia". Isso, antes de chegar ao potencial para levar nossas inovações agrícolas a todo o mundo.

"O que precisamos fazer é transformar toda a pesquisa fantástica em torno de produtos que podem ser explorados localmente por nossa comunidade de agricultores e, globalmente também”.

Em 24/04/17 – 1 Libra Esterlina = US$ 1,27991
0,78117319,97 Libra Esterlina = US$ 1 (Fonte: Oanda.com)


As informações são do Agrimoney, traduzidas pela Equipe MilkPoint.
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