Danone tem expansão global de 8% de janeiro a março

A fabricante francesa de laticínios Danone informou ontem que suas vendas globais cresceram 8,1% no primeiro trimestre, em comparação a igual período de 2014, totalizando € 5,47 bilhões. Excluindo mudanças cambiais, aquisições e alienações, o aumento da receita foi de 4,8%.

"Essa primeira série de resultados me deixa extremamente confiante que, com o novo comitê executivo e todo o time, a Danone está no caminho certo para alcançar um marco decisivo em 2015", afirmou Emmanuel Faber, presidente da companhia, em comunicado.

O desempenho no primeiro trimestre indicou que a empresa está no caminho da recuperação, após uma série de problemas enfrentados nos últimos anos com a crise econômica na Europa e problemas de segurança alimentar que afetaram a demanda por alimentos para bebês na China.

Para o ano, a companhia mantém como meta um crescimento orgânico entre 4% e 5% e um crescimento pequeno na margem de lucro operacional.

Em relatório, a companhia informou ainda que o Brasil está entre os três países que mais contribuíram para o crescimento da companhia no primeiro trimestre. A companhia, no entanto, não divulga detalhes sobre o desempenho no país. Na região Ásia­Pacífico, América Latina, Oriente Médio e África ­ que inclui o Brasil ­ as vendas registram avanço de 8%, para € 2,21 bilhões.

A Danone foi a segunda maior empresa de lácteos no Brasil em 2014, atrás da Vigor. A empresa está à frente da DPA, parceria entre Fonterra e Nestlé que existia até 2014, e da Lactalis.

Segundo a consultoria Euromonitor, o mercado de iogurtes no Brasil cresceu, em média, 8,8% ao ano em volume entre 2009 e 2014. Em receita, o crescimento médio foi de 15,1% ao ano, totalizando R$ 13,8 bilhões no ano passado. A Euromonitor estima que esse mercado vai crescer, em média, 6,1% ao ano entre 2015 e 2019, chegando a R$ 18,6 bilhões em 2019.

Já segundo dados da Kantar Worldpanel, o mercado brasileiro de iogurtes cresceu 4% em volume no país no ano passado e 18,7% em valor.

As informações são do Jornal Valor Econômico.