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A Danone fixou metas de crescimento mais modestas, na expectativa de uma alta dos preços das matérias-primas. A maior fabricante de iogurtes do mundo informou que as condições "voláteis e incertas" ditarão uma expansão de 3% a 5% das vendas neste ano, comparados à faixa de 4% a 5% de 2015.A companhia anunciou que as vendas do ano passado alcançaram € 22,41 bilhões, uma alta de 4,4%, em termos comparáveis, do que no ano anterior - e, em ampla medida, em linha com as previsões de analistas de mercado, de € 22,38 bilhões. O lucro operacional corrigido aumentou para € 2,89 bilhões em 2015, 5,7% maior em bases equivalentes que no ano anterior, e 8,7% superior em termos nominais.
Em comunicado divulgado ontem (23), Emmanuel Faber, CEO da Danone, disse: "Nossos resultados são muito sólidos e se alinham perfeitamente aos nossos objetivos". A Danone prevê aumento das margens operacionais para este ano, após terem alcançado 12,91% no ano passado, um acréscimo de 17 pontos-base e, em grande medida, correspondente à margem de 12,93 prevista pelos analistas.
A expectativa de expansão das margens se dá apesar da desaceleração de toda a categoria de bebidas não alcoólicas na China e à fragilização das margens da divisão de águas da Danone, observou a companhia.
O grupo reconheceu, no relatório de resultados, que o ambiente macroeconômico continua difícil: "A Danone pressupõe que as condições econômicas vão permanecer, no geral, voláteis e incertas, com tendências de consumo frágeis ou até deflacionárias na Europa, com os mercados emergentes minados pela volatilidade das moedas e pelas dificuldades específicas de uns poucos mercados relevantes", como Rússia, China e Brasil.
A empresa prevê que os preços do leite subirão e a inflação alcançará outras matérias-primas, como açúcar, plásticos e frutas. A perspectiva mais conservadora corrobora as das concorrentes da Danone, como a Nestlé e a Unilever, que previram um ambiente operacional mais adverso durante este ano.
As informações são do Valor Econômico.
