“Os nomes dos produtores e das fazendas serão mantidos em sigilo, mas as informações são importantes para criarmos um perfil da violência no campo”, afirmou André Sanches, secretário-executivo do Instituto CNA (ICNA). Com o cadastro, será possível saber, por exemplo, as regiões mais atingidas pela violência, os tipos de crimes e até os produtos mais visados para roubos e furtos. A partir deste diagnóstico, será possível oferecer informações estratégicas aos órgãos competentes para que tomem as providências adequadas.
“Temos relatos de casos gravíssimos. O produtor está acuado e muitas vezes até deixa de ir à propriedade. Por isso precisamos mapear os casos ocorridos em todo o Brasil. Com essas informações, vamos debater com especialistas e autoridades de segurança pública e encaminhar propostas com ações efetivas”, disse Sanches. O secretário-executivo do ICNA diz que as federações e os sindicatos têm papel fundamental para ajudar e estimular o produtor no preenchimento do formulário disponível no site da CNA.
Informações como a data do crime, as condições, o que foi roubado ou furtado, se houve ou não violência, são fundamentais para traçar o perfil da violência no campo. Vale a pena destacar que o crime de abigeato, ou furto de animais, não causa danos só ao produtor, mas a toda a sociedade, pois quando não há garantia da origem do alimento, a saúde humana expõe-se a danos de toda ordem.
O MilkPoint recebe constantemente e-mails e mensagens de pecuaristas que foram vítimas de roubos em suas propriedades, os famosos abigeatos. Você já passou por situação semelhante? Participe compartilhando a sua experiência no box abaixo:
