Conseleite aprova tabela de remuneração por qualidade do leite

Depois de uma manhã de debates entre produtores e indústria, o Conseleite aprovou na última sexta-feira (20/5), durante reunião na Fenasul, em Esteio, a tabela de remuneração por qualidade para o leite gaúcho. O documento está baseado no regramento da IN 62 e nas tabelas individuais das indústrias já aplicadas atualmente.

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Depois de uma manhã de debates entre produtores e indústria, o Conseleite aprovou na última sexta-feira (20/5), durante reunião na Fenasul, em Esteio, a tabela de remuneração por qualidade para o leite gaúcho. O documento está baseado no regramento da IN 62 e nas tabelas individuais das indústrias já aplicadas atualmente.

Apresentada pelo presidente do Conseleite, Jorge Rodrigues, ela enquadra a produção em sete níveis distintos que levam em consideração quatro índices: CBT, CCS, gordura e proteína. Desta forma, a produção seria remunerada com base nos escores somados dessas quatro categorias com bonificações máximas de: 7% para CBT, 7% para CCS, 4% para gordura, 3,75% para proteína, podendo chegar ao teto de 21,75%.

Contudo, ficou definido que a tabela não será utilizada para composição dos preços do Conseleite nem será cruzada com os dados mensais divulgados, funcionando apenas como uma referência para as empresas que não têm a sua e que desejem usá-la. Rodrigues alertou que a ideia é dar ao produtor parâmetros para que ele visualize desafios a serem superados e, assim, viabilizar uma remuneração adicional. “A tabela não vai precificar o Conseleite”, garantiu Jorge Rodrigues.

O presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, acrescentou que a tabela não irá intervir nos números do Conseleite nem nas políticas de qualidade próprias adotadas pelas indústrias porque isso é inviável. “Essa tabela deve ser apenas um balizador”, salientou Guerra, lembrando que cada indústria tem a sua política de bonificações de acordo com seu mix de produtos. Segundo ele, quem regula o preço do produto é o mercado e é impossível estabelecer uma tabela de bonificações com percentuais que não podem ser repassados ao produto final mas precisam ser cumpridos pela indústria.

As informações são do Sindilat.
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Faquini
FAQUINI

CURITIBA - PARANÁ - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 29/05/2016

Sr. Eduardo, bom dia,

Com certeza, é muito válido um teor mais alto de proteínas para o rendimento dos Derivados, porém, os altos teores de CCS e CBT na média do leite in natura no Brasil, apresenta consequências danosas às Operações Industriais para Beneficiamento. O teor alto de CCS e CBT têm consequências sobre perda de rendimento, ao haver impacto de enzimas bacterianas e demais agentes bioquímicos, sobre a estrutura da Micela de Caseína, levando à perda de proteínas nos processos de fabricação de queijos. Para leite longa vida, os riscos são grandes, quando à formação de coagulação doce, por ação de enzimas de bactérias psicrotroficas, durante o shelf life. Neste contexto, a parte Microbiologica apresenta impacto direto sobre o Físico Químico.
Eduardo Silveira da Silveira
EDUARDO SILVEIRA DA SILVEIRA

LAJEADO - RIO GRANDE DO SUL - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/05/2016

Como consultor de propriedades leiteiras a 19 anos, acho um verdadeiro absurdo demorarmos tanto tempo para organizar uma tabela de remuneração da qualidade, levando a proteína para o menor valor a ser remunerado, 3,75%. O rendimento industrial depende do nível de proteína e do nível de caseína no leite e com isso devemos estimular a produção de proteína com valorização no preço de leite.
Qual a sua dúvida hoje?