A produção brasileira de milho atingiu o recorde histórico de 97,2 milhões de t na safra 2016/17. O cenário de uma ampla oferta do grão, tanto nacional quanto internacional, fez com que o preço do produto caísse abaixo do mínimo fixado pelo governo federal no Centro-Oeste, principalmente no Mato Grosso.
Com isso, o governo federal autorizou, por meio da Resolução nº 5 de 4 de Abril de 2017 e da publicação da Portaria Interministerial nº 799, a Conab ofertar Contratos de Opção de Venda. Comercializados por meio de leilão, os documentos davam aos produtores a possibilidade de vender milho das safras 2016/17 e 2017 para o governo federal, em 15 de setembro, ao preço de R$ 17,87 a saca de 60 kg.
Ao todo, foram realizados 5 leilões de contratos de opção em maio e junho deste ano, nos quais o governo sinalizou com a compra de 999 mil toneladas de milho, com recursos da ordem de R$ 298 milhões. Todos os contratos foram comercializados. Em setembro, data do exercício, os adquirentes optaram por vender um total de 859.572 toneladas para a Companhia.
Os estoques públicos de milho tiveram um aumento de 859.572 toneladas
Outras ações
O esforço conjunto da Conab e do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) permitiu a adoção de ações tempestivas de sustentação de preço. Além do COV, o governo federal lançou operações de subvenção por meio do Prêmio para o Escoamento (PEP), voltado para a indústria, e do Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro), destravando negociações, dando fluxo à comercialização e garantindo a rentabilidade do produtor rural na região Centro-Oeste.
Desde abril deste ano, foram realizados 17 leilões de PEP e 17 de Pepro. O total ofertado para o PEP foi para 3,95 milhões de toneladas, onde foram negociadas 1,93 milhão de t. Já para o Pepro, a quantidade total ofertada foi para 9,92 milhões, com apoio negociado para 7,2 milhões de t.
As informações são da Conab.