Companhia chinesa comprará participação majoritária da companhia australiana Burra Foods

Uma das maiores companhias de lácteos da China concordou em comprar uma participação majoritária da companhia de Korumburra, “Burra Foods”, em um acordo que dará à processadora de Victoria, na Austrália, um forte acesso ao crescente mercado chinês e a um novo capital.

A companhia chinesa, Inner Mongolia Fuyuan Farming, comprará 79% da Burra Foods em um acordo que está sujeito à aprovação do Conselho de Revisão de Investimentos Estrangeiros. O fundador da Burra Foods, Grant Crothers, disse que a indústria de lácteos australiana tem uma “enorme credibilidade” na China. O acordo de livre comércio recentemente completado entre os dois países foi essencial para garantir o acordo.

Crothers descreveu o acordo como uma “medida de baixo risco em um mercado muito dinâmico, competitivo e volátil que é a China”. Ele disse que o acordo daria aos fornecedores da companhia uma “maior estabilidade e maior oportunidade de alcançar mercados de maior valor”. Pelo acordo, Crothers e a companhia japonesa, ITOCHU Corporation, reteriam uma participação combinada de 21% na Burra Foods.

A Burra Foods começou com uma fábrica de manteiga em Korumburra em 1991. Hoje, é a maior empregadora na cidade, com 140 funcionários. A companhia tem 170 produtores de leite fornecedores. Os produtos fabricados na planta incluem leite em pó, fórmulas infantis e leite fluido. O acordo foi bem recebido pelo grupo de produtores Australian Dairy Farmers. “O que isso nos mostra é que, apesar da atual volatilidade do mercado, os fundamentos da indústria ainda estão fortes”, disse a presidente do grupo, Simone Jolliffe.

Adam Jenkins, presidente da União dos Produtores de Leite de Victoria, disse que há vantagens significativas para o negócio australiano exportar para a China quando formam parcerias de negócios ou joint ventures com grupos chineses. “A indústria de lácteos precisa de investimentos em nossa planta e tecnologia e essa é uma boa oportunidade para a Burra Foods e seus fornecedores obterem novas tecnologias para sua cadeia de fornecimento”.

As informações são do The Age.