Companhia canadense Saputo mostra "tolerância zero" com crueldade animal nas fazendas leiteiras

A gigante canadense do setor de lácteos, Saputo, recusará leite de fazendas que não tratem as vacas de forma humana, dentro de uma nova política de bem-estar animal. A companhia, com sede em Montreal, anunciou que está implementando uma nova política de bem-estar animal em suas operações no Canadá, nos Estados Unidos, na Austrália e na Argentina.[...]

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A gigante canadense do setor de lácteos, Saputo, recusará leite de fazendas que não tratem as vacas de forma humana, dentro de uma nova política de bem-estar animal. A companhia, com sede em Montreal, anunciou que está implementando uma nova política de bem-estar animal em suas operações no Canadá, nos Estados Unidos, na Austrália e na Argentina.

Sua nova política “progressiva” – desenvolvimento que foi liderado por Warren Skippon, novo diretor de bem-estar animal da Saputo – inclui uma abordagem de “tolerância zero” para atos de crueldade animal.

O diretor executivo da Saputo, Lino Saputo, disse que “parará de comprar leite” de qualquer fazenda onde houver “evidência de crueldade animal”. A Saputo já não aceitou leite da Chilliwack Cattle Company, de British Columbia, em junho de 2014, após evidências terem surgido de “abuso animal sádico” na fazenda. Uma filmagem feita escondida mostrou trabalhadores na Chilliwack chutando e batendo nas vacas, em suas cabeças e corpos, com correntes, canos de metal, bastões e ancinhos.

Pela nova política, a Saputo trabalhará para a “eliminação do corte da cauda” – prática de remoção de parte da cauda – e pretende fornecer recursos para garantir um “padrão mínimo industrial para controle da dor” quando faz a descorna dos animais.

Recursos adicionais também serão fornecidos a duas universidades norte-americanas que são especializadas em manejo e bem-estar do gado leiteiro – Universidade de Guelph, em Ontário, Canadá, e Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos.

“Através dessas iniciativas, a Saputo reforça seu compromisso em reunir líderes da indústria e produtores de leite para melhorar o cuidado com os animais”, disse a Saputo.

A reportagem é do Dairy Reporter, traduzida pela Equipe MilkPoint.

O vídeo de maus tratos pelos trabalhadores da Chiliwack pode ser assistido clicando aqui.
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Jadiel Nunes rios neto
JADIEL NUNES RIOS NETO

CASTANHEIRA - MATO GROSSO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 11/06/2015

Creio que o verdadeiro produtor zela e cuida dos seus animais , creio também que a maior agressão que se possa fazer a um animal quanto ao produtor é quando as indústrias de laticínios abaixa o valor do leite sem ao menos avisar o produtor , concordo que temos o dever e obrigação de cuidar bem dos nossos animais mais a indústria tem de cuidar dos seus produtores , o que vemos no Brasil são as indústrias pisando na cabeça nossa sem respeito  e piedade !!!
Lucio Teixeira de Souza
LUCIO TEIXEIRA DE SOUZA

BRAÇO DO NORTE - SANTA CATARINA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 11/06/2015

Confinamento ou a campo o bem estar tem estar presente.

Claro que a campo o animal pode ter mais conforto, mas já vi crueldade nos dois segmentos.

Na hora da ordenha é que se percebo o medo nos animais e, principalmente aí deve haver a interferência do profissional.

Os animais também sentem dor e se tiverem dor sua saúde está comprometida.



Se não querem tratar bem um animal por humanidade, então que seja pela dinheiro, já que está comprovado que o bem estar produz animais mais saudáveis.



Mas devemos sempre respeitar os animais, pois também somos e queremos respeito.
Ronaldo Marciano Gontijo
RONALDO MARCIANO GONTIJO

BOM DESPACHO - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/06/2015

Será que essa empresa está tratando de forma "humana" os produtores argentinos?
Fernando Melgaço
FERNANDO MELGAÇO

GOIÂNIA - GOIÁS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 10/06/2015

Concordo plenamente com essa iniciativa da Saputo.

Como Veterinário, exerci minha profissão inicialmente no campo. Naquela época, há mais ou menos 45 anos atrás, eu nunca fiz uma cirurgia, por menor que fosse, sem o uso de anestésico.

Fiz inúmeras descornas, tanto em bezerros novos e bovinos adultos, todas com o uso de anestésicos.

Tenho guardadas fotos daquela época onde se pode ver eu descornando bezerros quase sem nenhuma contencão, porque não sentiam dor alguma.

É tão fácil e custa tão pouco, bastando para tanto 1 ml de Xylocaína no Nervo do Corno.

Atenciosamente,

Fernando Melgaco.
Ângela Maraschin
ÂNGELA MARASCHIN

SANTA ROSA - RIO GRANDE DO SUL - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 10/06/2015

Mas manter as vacas em Tie-stall é conforto animal, não fere regras de bem estar animal!
Qual a sua dúvida hoje?