Comissão debate qualificação profissional e Tripanossomíase

Com o objetivo de planejar novas ações e projetar cenários e perspectivas para 2015, a Comissão de Pecuária de Leite da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (FAEG) se reuniu na última semana. Entre os principais temas abordados na reunião destacaram-se a [...]

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Com o objetivo de planejar novas ações e projetar cenários e perspectivas para 2015, a Comissão de Pecuária de Leite da Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Goiás (FAEG) se reuniu na última semana. Entre os principais temas abordados na reunião destacaram-se a reunião entre a FAEG e o Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás (OCB-GO), o cenário e perspectivas do mercado lácteo e a Tripanossomíase Bovina (doença causada pelo protozoário do gênero Trypanossoma que ataca a corrente sanguínea do gado).

A reunião foi comandada pelo presidente da Comissão, Antônio Pinto, e pelo gerente de assuntos técnicos e econômicos da FAEG, Edson Alves. Também participaram do encontro os representantes da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Gado de Leite, presidentes de sindicatos e cooperativas rurais e produtores do setor.

Antônio Pinto abordou no início da reunião a importância do alcance dos laboratórios para a análise da qualidade de leite para os produtores rurais. Segundo o presidente da comissão, os laboratórios são importantes por se tratar de uma coleta transparente durante a produção de leite e transmite aos produtores resultados mais confiáveis. “Deve ser realizado análises individuais e não apenas do tanque. Assim, será mais fácil identificar produtores com leite com má qualidade”, explica.

Qualificação do produtor

Também foi retomada a discussão sobre ações que possam preparar o produtor rural para negociações de preços junto às indústrias leiteiras. A expectativa é transmitir aos produtores mais conhecimentos por meio de cursos e projetos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) Goiás.

Durante a reunião, foi levantada a necessidade de estimular o assessoramento técnico do produtor rural, além de uma consultoria sobre as indústrias, de modo que ofereça conhecimentos sobre o mercado leiteiro. “A universidade formará profissionais para algumas demandas da sociedade. De que adianta qualificar técnicos para assessorar o produtor se este não o contrata? É necessária uma rede de assessoramento para auxiliar o produtor rural, pois este é o único empresário que não utiliza assessores”, ressaltou o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Joaquim Gomide.

Reunião com a OCB-GO e perspectivas do mercado lácteo

Durante o encontro da comissão, Edson Alves fez relatos sobre a reunião entre a FAEG e a OCB-GO, realizada no dia 28 de outubro. Entre os objetivos do encontro citados pelo consultor da FAEG estavam estreitar relacionamento com a instituição, criar um grupo permanente de discussão sobre o setor leiteiro e fortalecer cooperativas através da Cooperativa Central de Laticínios de Goiás (Centroleite). “Discutimos sobre a possibilidade de incluir algumas cooperativas dentro do sistema, evitando que algumas trabalhem de maneira isolada e se enfraqueçam”, explicou.

O gerente de assuntos técnicos e econômicos da FAEG também relatou as perspectivas para o mercado lácteo em 2015, ressaltando alguns fatores preocupantes para o produtor, como o possível aumento dos preços da energia elétrica, do diesel, dos medicamentos e fertilizantes. Além disso, é esperado uma baixa maior de preços até o mês de novembro e as exportações para a Rússia devem aparecer com mais relevância.

Tripanossomíase Bovina

No final da reunião, a pesquisadora da Embrapa Gado de Leite, Fernanda Mara Freitas, chamou atenção para a gravidade da Tripanossomíase e a facilidade que o gado tem para contrair a doença. “Temos ideia do problema que está acontecendo em Minas Gerais e é importante olhar com a atenção para os vetores da doença, geralmente moscas hematófagas – que se alimentam de sangue. Como estamos em mês de vacinação contra a febre aftosa, também é necessário ter cuidado com a utilização de seringas contaminadas”, explica Fernanda.

O presidente da Comissão de Pecuária de Corte da FAEG, Maurício Velloso, ressaltou que deve ser tomada uma providência de maneira urgente para que a doença não entre e se espalhe em Goiás. “Temos que tomar uma atitude o mais rápido possível, já que a doença está tão próxima. Devemos cobrar urgentemente uma posição das entidades responsáveis para que a doença não atinja o gado de nosso estado”.

Antônio Pinto revelou que não ouviu falar de casos no Brasil durante os mais de 30 anos em que exerce a profissão de médico veterinário e pediu atenção aos presentes quanto aos sintomas da doença. “Os principais sintomas da Tripanossomíase são a falta de apetite, febre, emagrecimento, anemia e muitos animais morrem com menos de uma semana. É necessário ter cuidado, inclusive, no momento da compra do animal”, aconselhou o presidente da Comissão de Pecuária de Leite.

As informações são da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás – FAEG
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Medeiros
MEDEIROS

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 14/11/2014

Aqui na região central de Minas Gerais, essa patologia se espalhou por diversos municípios, e houve uma grande mortandade de animais. O problema há muito é do conhecimento do MAPA e do Instituto Mineiro de Agropecuária, que nada fizeram de efetivo para resolver essa situação, tendo ambos apresentado argumentos os mais inconsistentes possíveis.  É necessário que as autoridades (in)competentes obriguem o MAPA a autorizar a comercialização do trypamidium, único medicamento capaz de deter a tripanossomíase bovina. É preciso, também, investigar as reais razões da não autorização do medicamento e, sendo o caso, punir exemplarmente os i(responsáveis).  O prejuízo até agora é enorme e tudo indica que será ainda maior. Quem vai pagar essa conta? Parece que há algo de podre no reino da Dinamarca!
Thiago Petrolini
THIAGO PETROLINI

MONTE APRAZÍVEL - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 14/11/2014

Esta patologia esta se espalhando pelo estado de São Paulo tambem, tendo em vista que na regiao de São Jose do Rio Preto em propriedade que eu assistia no ano passado foi diagnosticado este protozoario levando 35 animais a óbito. E os tratamentos que temos hoje nao são totalmente eficaz e a vacina que existe não é liberada no nosso Pais entao alguma coisa deve ser feita rapidamente pois os tratamentos sao caros e nem todos os produtores tem condição de realizar corretamente.
Qual a sua dúvida hoje?