Como consequência deste estado precário da infraestrutura logística, “parte considerável do lucro dos produtores rurais se perde com o transporte, além do desperdício físico da produção ao longo do trajeto”, disse Martins. Enquanto os produtores fazem investimentos pesados dentro das propriedades, avaliou o presidente da CNA, o setor público não “investe quase nada há muito tempo, apesar do nível elevado de impostos que são pagos”.
Para Martins, preconceitos ideológicos impediram o Estado de transferir responsabilidades ao setor privado. Ele elogiou a criação do Programa de Parcerias em Investimentos (PPI), que vem na hora certa para atrair recursos privados, gerando novos postos de trabalho e ampliando a competitividade das exportações brasileiras. “Esperamos que o estatismo seja expurgado do novo modelo de concessões, pois afugenta os capitais privados e torna as empresas dependentes dos créditos do Estado. Que seja um modelo de competição e liberdade”, afirmou.
Para concluir, o presidente da CNA disse esperar que o estado volte a cumprir minimamente sua capacidade administrativa. “Só assim evitaremos que os processos de privatização ou concessão se percam nos descaminhos da burocracia”.
Encontro - Durante o evento, os participantes discutiram temas como a retomada dos investimentos nos modais de transporte para dar mais eficiência e competitividade ao setor produtivo no país. No final do encontro, realizado pela CNA e outras 14 entidades, foi elaborado um documento com as principais reivindicações dos segmentos rural e do transporte. O documento pede um ambiente regulatório e segurança jurídica para os investimentos privados em infraestrutura logística.
E você? Também enfrenta problemas logísticos no dia a dia?
As informações são da CNA, adaptadas pela Equipe MilkPoint.