China intensifica monitoramento de fórmulas lácteas importadas

O Governo da China disse que fará o monitoramento das fórmulas lácteas infantis importadas e fomentará as marcas nacionais de leite para bebês. O Conselho Estadual da China afirmou que as fórmulas serão tratadas como medicamentos e um sistema de rastreamento será introduzido, de forma que os produtos possam ser rastreados até sua origem.

Publicado por: MilkPoint

Publicado em: - 2 minutos de leitura

Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

O Governo da China disse que fará o monitoramento das fórmulas lácteas infantis importadas e fomentará as marcas nacionais de leite para bebês.

O anúncio, feito após uma reunião do Conselho Estadual da China na sexta-feira (31/05) presidida pelo primeiro-ministro, Li Keqiang, deu peso às sugestões nesse país de que uma série de notícias críticas sobre as fórmulas lácteas da Nova Zelândia – divulgadas pela rede de TV estatal CCTV no mês passado – foram politicamente motivadas.

Em seu site, o Conselho Estadual reconheceu que houve uma crise na confiança dos consumidores sobre as fórmulas infantis domésticas e o fomento à qualidade das marcas chinesas era uma “tarefa urgente”. O conselho planejou padronizar a criação de gados leiteiros e aumentar a escala da indústria doméstica de fórmulas infantis através da reestruturação das corporações de lácteos chinesas. As fórmulas serão tratadas como medicamentos e um sistema de rastreamento será introduzido, de forma que os produtos possam ser rastreados até sua origem.

O escândalo de contaminação do leite com melamina em 2008 na China – quando seis bebês morreram e cerca de 300.000 ficaram doentes após consumir produtos lácteos contaminados com esse composto químico industrial – resultou em uma colapso virtual da indústria de fórmulas infantis chinesas à medida que a confiança dos consumidores nas marcas domésticas foi afetada.

As marcas estrangeiras rapidamente preencheram essa lacuna e as fórmulas feita na Nova Zelândia agora recebem um preço premium, sendo vendidas por até NZ$ 70 (US$ 56,23) por lata.

Um exportador neozelandês de fórmulas infantis disse, na semana passada, que as atitudes da China com relação às exportações de lácteos neozelandesas ficaram prejudicadas nesse ano e que os consumidores chineses estão recebendo uma forte mensagem de seu Governo de que o leite do país não é seguro.

As histórias da CCTV sobre as fórmulas infantis neozelandesas foram resultado de uma “decisão política do país que não quer ser menosprezado por países estrangeiros e não quer ser visto como falho com seu público em uma questão de muita preocupação”, disse fiscal chinês, Richard Phillips.

A maioria das marcas de fórmulas infantis exportadas da Nova Zelândia à China é feita por companhias que não operam fábricas, mas têm seus produtos produzidos em instalações de produção sob contrato na Nova Zelândia. A cobertura da CCTV comentou o fato e sugeriu que isso era preocupante.

Até mesmo o Ministério das Indústrias Primárias admitiu não saber quantas marcas de fórmulas são produzidas em plantas de processamento aprovadas pelo Governo do país. Acredita-se que são mais de 200 marcas.

A Fonterra está planejando lançar sua própria marca de fórmula infantil, a Anmum, na China nesse ano. A China é o maior mercado de fórmulas infantis do mundo e as vendas varejistas anuais deverão alcançar US$ 12 bilhões até 2016.

A reportagem é do http://www.nzherald.co.nz, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
QUER ACESSAR O CONTEÚDO? É GRATUITO!

Para continuar lendo o conteúdo entre com sua conta ou cadastre-se no MilkPoint.

Tenha acesso a conteúdos exclusivos gratuitamente!

Ícone para ver comentários 0
Ícone para curtir artigo 0

Publicado por:

Foto MilkPoint

MilkPoint

O MilkPoint é maior portal sobre mercado lácteo do Brasil. Especialista em informações do agronegócio, cadeia leiteira, indústria de laticínios e outros.

Deixe sua opinião!

Foto do usuário

Todos os comentários são moderados pela equipe MilkPoint, e as opiniões aqui expressas são de responsabilidade exclusiva dos leitores. Contamos com sua colaboração.

Qual a sua dúvida hoje?