O empresário ainda falou sobre o projeto The Best of Brazil, que é um espaço de 1.000 m² onde estão expostos produtos alimentícios e congelados fabricados no Brasil e que constituem em uma espécie de entreposto para aquisições pelas redes chinesas. O essencial, pontua Machado, é abrir canais de vendas que coloquem o produto acabado do Brasil nas gôndolas da China, independendo da amplitude do negócio. "Vender para uma cidade já é uma grande conquista", frisou.
Presente ao encontro, o presidente do Sindilat, Alexandre Guerra, pontuou dificuldades nas negociações com as comitivas chinesas que vêm constantemente ao Brasil. "Geralmente são criadas barreiras e eles sempre querem saber como podemos abrir nosso mercado para os produtos deles". Acompanhando o debate, o secretário-executivo do Sindilat, Darlan Palharini, destacou o trabalho realizado na definição de marcos regulatórios no setor lácteo, seguindo o caminho da avicultura e da suinocultura.
A aproximação entre o mercado gaúcho e os importadores chineses é fomentada pelo governo do Estado e foi intermediada pela Secretaria de Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais. Segundo o assessor técnico da Sedai, Leonardo Gaffrée, o cenário de câmbio desvalorizado é ideal para potencializar ganhos no exterior e desviar produção em tempos de crise.
A China se desenvolveu agressivamente nos últimos 20 anos. Até 2013, explicou Machado, a China não pensava em importação. A partir de então, começaram a planejar as compras e, hoje, a política de governo é tornar-se o maior importador do mundo. "E eles estão se preparando para isso. Baixaram o imposto de importação e têm um total de 1,3 bilhão de pessoas", pontuou, lembrando que 40% da população pertence à classe média o que, em breve, deve chegar a 60%. Outro aspecto importante diz respeito ao perfil do consumidor chinês. Machado citou que o consumidor tem o conceito de que o importado é sempre melhor do que o produto fabricado no mercado interno o que, em um primeiro momento, favorece muito países como o Brasil.
As informações são da Assessoria de Imprensa Sindilat.
