Carrefour reage a rivais e começa a vender alimentos pela internet

Num momento em que se acirra a disputa por espaço no comércio on-line de supermercados, o grupo Carrefour faz seu primeiro movimento nessa direção - com atraso em relação a rivais - e anuncia o início da venda de alimentos pela internet, pelo aplicativo "Meu Carrefour". Este será o principal meio de expansão do braço digital de varejo alimentar do grupo no país. Um programa de fidelidade on-line também foi anunciado ontem.

Publicado por: MilkPoint

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carrefour Num momento em que se acirra a disputa por espaço no comércio on-line de supermercados, o grupo Carrefour faz seu primeiro movimento nessa direção - com atraso em relação a rivais - e anuncia o início da venda de alimentos pela internet, pelo aplicativo "Meu Carrefour". Este será o principal meio de expansão do braço digital de varejo alimentar do grupo no país. Um programa de fidelidade on-line também foi anunciado ontem.

A empresa vai concorrer diretamente com "Pão de Açúcar Mais" e "Clube Extra", aplicativos do rival Grupo Pão de Açúcar, lançados em maio. Além disso, o Magazine Luiza informou na sexta-feira que passou a vender, este mês, itens de supermercado em seu site - a retirada pode ser feita em uma das 800 lojas do grupo.

No caso do grupo francês, inicialmente estarão à venda pelo aplicativo 6 mil itens em 200 bairros nas zonas central, sul e oeste de São Paulo. Uma loja da rede na zona sul da cidade foi transformada em centro de distribuição e atenderá os pedidos. A ideia é espalhar centros como esse pelas capitais - pequenos e bem localizados para agilizar a entrega, que custará R$ 14,90. O preço do frete é o mesmo preço cobrado pelo concorrente Mambo. No Pão de Açúcar, a entrega em até quatro horas sai por R$ 15,90.

O Carrefour não detalha a expansão da venda on-line para outras áreas, mas informa que ampliará o serviço para o restante da cidade de São Paulo antes de ir para outras capitais. A empresa já faz vendas por aplicativos na Espanha e na França. Neste início de projeto, não haverá venda de itens alimentícios pelo site oficial da empresa, apenas pelo aplicativo.

No endereço do grupo na internet são vendidos eletroeletrônicos e outros bens de consumo duráveis. Com isso, o grupo concentra o foco nas vendas por celular - canal que mais cresce em importância no comércio eletrônico - e também reduz a pressão sobre o sistema, numa operação complexa como é a venda on-line de alimentos. Também não haverá, neste momento, a possibilidade de comprar pelo aplicativo e retirar os itens nas lojas. "Ainda estamos evoluindo nessa discussão e é algo que acontecerá, mas não agora", disse Miguel Gallego, diretor de gestão de relacionamento com os clientes.

Os clientes ainda poderão baixar o aplicativo "Meu Carrefour" para receber ofertas da loja a partir de hoje e, com a evolução do sistema, e ampliação da base de dados do aplicativo, eles passarão a ter ofertas personalizadas, segundo seu perfil de compra. A base de clientes cadastrados do Carrefour, considerando usuários do cartão de crédito e do site da empresa, é de 4 milhões de pessoas. Esse número representa o potencial a ser trabalhado. O grupo não informa metas de conversão de cadastrados em usuários do aplicativo, ou projeção de fatia da vendas on-line no faturamento.

Em 2016, a operação de comércio eletrônico de bens duráveis (TVs, celulares) respondeu por 3% das vendas do Carrefour (excluindo Atacadão) em cinco meses de operação. Isso equivale a R$ 490 milhões em receita líquida. Para efeito de comparação, as vendas líquidas dos sites de Casas Bahia e Ponto Frio, do GPA, foram de R$ 6 bilhões em 2015 (último dado disponível). Ainda será feito um trabalho nas lojas do Carrefour, com divulgação do aplicativo, para tentar trazer consumidores de pontos físicos para o braço digital. Esta é uma das principais tarefas agora. O grupo precisa ampliar a sua base de dados de clientes virtuais para tentar transformá-los, num segundo momento, em clientes fiéis. 

Questionado sobre como avançará nesse processo, considerando que o GPA tem um programa digital mais maduro, o comando do Carrefour admite o atraso e entende que, por causa dele, pode não cometer erros do rival. O GPA tem o programa "Pão de Açúcar Mais" desde 2000. Em seus aplicativos, a indústria subsidia as ofertas.

As informações são do jornal Valor Econômico, resumidas pela Equipe MilkPoint.
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