Brasil renova com Argentina acordo para importação de leite em pó
Representantes brasileiros e argentinos do setor privado da cadeia produtiva de leite e derivados renovaram nesta semana o acordo para exportação de leite em pó da Argentina para o Brasil em um prazo de dois anos. O novo acordo prevê a cota máxima de 4,3 mil toneladas de leite em pó mensais, durante o período de junho de 2016 a maio de 2017, e 4,5 mil toneladas, de junho de 2017 até junho de 2018.
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O sistema de cotas, iniciado em 2009 para importação de lácteos da Argentina, traz benefícios aos dois países, reforçando seus laços comercias e trazendo previsibilidade ao cenário de importação de leite.
A negociação busca proteger o mercado nacional de surtos de importações de lácteos que possam impactar negativamente o setor. “Pela primeira vez, o acordo foi firmado para um período de dois anos, reforçando a previsibilidade e controlando de certa forma os impactos na balança comercial de lácteos”, avalia o Coordenador da Câmara Temática de Leite, da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Vicente Nogueira Netto.
Para o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, o acordo de cotas permite maior certeza com relação ao volume de importações da Argentina. “Após duas reuniões, realizadas na Argentina e no Brasil, nós conseguimos chegar a uma decisão que atendesse aos interesses dos dois países. Para muitos produtores, o acordo pode não ser interessante, mas para nossa cadeia de leite, é a alternativa que temos para minimizar os efeitos das importações”, destacou Alvim.
A ata do acordo foi assinada durante reunião na sede da CNA, em Brasília. Além da OCB, participaram do encontro a Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL), membros dos governos do Brasil e Argentina e representantes de produtores de leite, de cooperativas brasileiras e de indústrias.
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As informações são da CNA.
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CÁSSIA - MINAS GERAIS
EM 13/06/2016
Tanto que, na mídia, já se iniciam alguns comentários em relação a motivos de inflação ser o custo do leite.
MARIPÁ - PARANÁ
EM 11/06/2016

ITARANTIM - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 10/06/2016
tem sempre alguém para facilitar nossa falência.
no dia a dia acordamos primeiro e terminamos por ultimo, melhoramos a cada minuto, enfrentamos esse descontrole do clima, economizamos cada centavo, mas o lucro fica cada dia mais longe. um absurdo importar mais e mais.
DA PRA DEIXAR O PRODUTOR DE LEITE SER FELIZ PELO MENOS UM SÓ DIA???

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 10/06/2016
Parabens e que este pensamento seja levado a todos que nos representa.
Parabens

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 10/06/2016

FRUTAL - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 10/06/2016
MONTES CLAROS - MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 09/06/2016

ITABERAÍ - GOIÁS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 09/06/2016
Não entendo como as entidades que deveriam defender os produtores de leite aceitam um aumento nas cotas de importação da Argentina de quase 20%, passando das atuais 3.600 toneladas mês para 4.300 toneladas mês.
O leite em pó importado destrói o pequeno produtor brasileiro. A questão não é apenas econômica, mas também de ordem social. O pequeno produtor brasileiro não é competitivo se comparado ao produtor argentino, mas aqui representam mais de 1,3 milhões de empregos diretos.
Hoje mais da metade lo leite em pó consumido no Brasil (seja para uso industrial, seja para consumo direto) vem da Argentina e do Uruguai. Um verdadeiro absurdo, pois o leite in natura que deveria ir para o leite em pó produzido no Brasil, deixa de ser consumido aqui porque o produto importado é mais barato. Esse leite in natura migra para os queijos e o leite longa vida, fazendo com que na época de safra, o mercado fique abarrotado de produtos e os preços ao produtor sejam diminuídos.
Isso cria um enorme desestímulo para a cadeia láctea, fazendo com que pequenos produtores familiares deixem a atividade e migrem para as grandes cidades aumentando o desemprego, a violência e a criminalidade nos grandes centros.
O produto importado da Argentina e Uruguai deveria ser sobretaxado da mesma forma como é sobretaxado o leite em pó europeu.
Isso daria condições para as industrias brasileiras produzirem leite em pó na época da safra, estocá-lo sem baixar os preços aos produtores e na época da entressafra este produto poderia ser reconstituído como acontece em diversos países, criando uma estabilidade e equilíbrio na produção, nas vendas e no consumo do produto. Esta estabilidade garantiria um cenário favorável ao produtor para investir na atividade e fazer com que a produção nacional crescesse em volume e qualidade, elevando o patamar do Brasil para exportador de produtos lácteos.
Ananias Jayme
Vice Presidente do Sindileite de Goiás e Industrial
PIRACICABA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 09/06/2016
Vale lembrar que o grosso do leite importado está vindo do Uruguai, que não tem acordo.
Outro ponto importante é que, com o aumento dos preços para o consumidor, o leite começará a afetar a inflação e é possível que tenhamos um incentivo para importações, por parte do governo. Vamos ver...

SÃO PAULO - SÃO PAULO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS
EM 09/06/2016
Gostaria de saber sua opinião no impacto direto nos produtores de leite .