O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou nesta segunda-feira (4) do Global Agrobusiness Forum (GAF 2016), em São Paulo. Ele apresentou aos participantes dados elaborados pela Embrapa apontando que mais de 61,3% do território nacional é ocupado por áreas de preservação ambiental. Isso, na avaliação do ministro, é um passaporte para vender ao mundo a informação de que o Brasil tem a legislação mais dura sobre o assunto.
De acordo com a Embrapa, dos 38,7% restantes do território apenas 8% são ocupados por lavoura e florestas plantadas. Outros 19% são destinados à pastagem e 11% de vegetação nativa preservadas em propriedades rurais. Para o ministro, esses dados rebatem as críticas de que a agropecuária brasileira esteja devastando as florestas.
O ministro disse que nenhum país tem uma legislação tão dura quanto a brasileira em relação à preservação ambiental. Com o Cadastro Ambiental Rural (CAR), o percentual preservado nas propriedades privadas poderá aumentar em até 70% em função da regularização das áreas desmatadas. Maggi destacou ainda que as terras indígenas ocupam cerca de 13% do território brasileiro, bem mais do que as áreas destinadas à agricultura.
Os dados apresentados pelo ministro surpreenderam os produtores rurais e os representantes estrangeiros presentes ao evento. Blairo Maggi ressaltou que é importante que esses números sejam divulgados, especialmente no exterior. “Isso é um patrimônio internacional.”
Outro ponto destacado pelo ministro é que a agropecuária brasileira vende o produto, mas não o conceito associado a ele. Como exemplo, Maggi citou a sustentabilidade da agricultura nacional. “A Bélgica, por exemplo, vende chocolate, mas não planta cacau. Apenas associa o conceito ao produto”.
O presidente Michel Temer fez a abertura do evento e destacou a importância do setor para a economia brasileira. “A agropecuária tem o potencial de tirar o país da crise mais rapidamente do que os demais setores”, afirmou Temer.
O ministro disse também que o Brasil tem produzido mais utilizando menos espaço. A produção de grãos no país aumentou 220% nos últimos 38 anos, praticamente usando a mesma área, graças ao avanço tecnológico. Maggi afirmou ainda que pretende, nos próximos cinco anos, aumentar a participação do Brasil no mercado internacional dos produtos agropecuários de 7% para 10%.
As informações são do Mapa.
Blairo Maggi: nenhum país tem legislação ambiental tão dura quanto o Brasil
O ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) participou nesta segunda-feira (4) do Global Agrobusiness Forum (GAF 2016), em São Paulo. Ele apresentou aos participantes dados elaborados pela Embrapa apontando que mais de 61,3% do território nacional é ocupado por áreas de preservação ambiental. Isso, na avaliação do ministro, é um passaporte para vender ao mundo a informação de que o Brasil tem a legislação mais dura sobre o assunto.
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ROSÂNGELA ALVES FONSECA
LAVRAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 06/07/2016
Realmente a legislação é dura demais. É um absurdo termos de abrir mão de terras produtivas para 20% de reserva legal mais app. Tenho uma propriedade de 21ha e produzo 800 litros de leite/dia. Estou cercada de água devido a uma represa que foi implantada e o alagamento destruiu a app existente. Por ser um terreno plano, somando-se a app mais reserva legal da mais de 50% da área. Estou impossibilitada de manter minha atividade leiteira. Estou encerrando os trabalhos. Tenho como opção mudar a atividade para outra propriedade (grande imobilização de capital) ou simplesmente dividir o terreno e vender módulos de 2ha para as pessoas do meio urbano irem passar fim de semana. Como a procura por estas "chácaras" pequenas está aumentando consideravelmente, é uma opção mais rentável para o produtor de leite do que simplesmente produzir. Na minha propriedade já não mais podia plantar milho para silagem, pois as capivaras consumiam tudo, e nem tampouco para grão pois as maritacas não deixavam pra menos. Já o preço do farelo de soja e do fubá de milho estão pela hora da morte... Vai chegar um tempo em que os bichos vão nos acuar, nossas áreas produtivas vão diminuir consideravelmente, e quem não possuir um pedacinho para plantar seu próprio sustento vai passar fome, pois a tendência é de cada vez mais os produtos alimentícios aumentarem de preço. Quando os produtores rurais vão ser valorizados? O poder público já se esqueceu do quanto nossa atividade é importante. Sinto que estamos abandonados...

JULIO PACHECO
CAMPINAS - SÃO PAULO - PESQUISA/ENSINO
EM 06/07/2016
Conversa para boi dormir ou Inglês ver. Se a legislação é forte a fiscalização e o simples cumprimento das regras não acontecem. Junto das estatísticas se fossem apresentadas fotos de satélite, tipo aquelas propagandas de "antes e depois", a manchete seria outra.