Balança comercial: déficit no comércio de lácteos aumenta 175% em 2016

Em dezembro, o saldo da balança comercial de lácteos aumentou 27,6% em relação a novembro, chegando a um déficit de US$49,2 milhões. Em equivalente-leite, o saldo negativo foi de 122 milhões de litros em dezembro, sendo o volume exportado de 24,4 milhões de litros e o importado de 144 milhões de litros.

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Em dezembro, o saldo da balança comercial de lácteos aumentou 27,6% em relação a novembro, chegando a um déficit de US$49,2 milhões. Em equivalente-leite, o saldo negativo foi de 122 milhões de litros em dezembro, sendo o volume exportado de 24,4 milhões de litros e o importado de 144 milhões de litros.

Tabela 1. Exportações e importações por categoria de produto. FONTE: MDIC. 

balança comercial - lácteos - mdic

Neste mês, tanto as movimentações de importação quanto de exportação caíram. O volume exportado foi 22,5% menor quando comparado com novembro/16 e, em termos de valores, foi 47,3% inferior. Já as importações caíram apenas 4,9% e em valores 1%. Quando comparado com o mesmo período do ano passado, observa-se que o volume exportado caiu 4,7% ao contrário das importações que aumentaram 67,7%.

O volume exportado de leite em pó integral caiu 93,9% sendo comercializadas 156 toneladas. O principal comprador, a Venezuela, diminuiu suas compras em 89,6%. Em relação às importações, o leite em pó integral não teve grandes variações, com queda de apenas 4,5% no volume importado. Já o volume importado de leite em pó desnatado apresentou queda mais intensa, de 21,7% em relação a novembro.

No caso da manteiga, com a falta do produto no mercado nacional o volume importado aumentou 72%, totalizando 987 toneladas do produto. Quando comparado com dezembro/15, houve alta de 818% no volume importado de manteiga.

No ano de 2016, o déficit acumulado da balança comercial de lácteos em equivalente-leite foi de cerca de 1.5 bilhão de litros, 175% a mais que 2015. Já o volume exportado foi de 340 milhões de litros enquanto o importado 1,87 bilhão de litros. O gráfico 2 a seguir apresenta este cenário, mostrando a comparação entre as importações, exportações e o saldo da balança comercial de lácteos.

Gráfico 2 – Exportações, importações e saldo da balança comercial de lácteos em equivalente-leite – 2015 x 2016 (em milhões de litros). FONTE: MDIC.
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GERALDO CARLOS DA SILVA
GERALDO CARLOS DA SILVA

ÁGUAS FORMOSAS - MINAS GERAIS - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 11/01/2017

Quanto mais sonhamos em sermos exportadores de lácteos, mais crescemos como importadores. Onde está o erro???
darlani  porcaro
DARLANI PORCARO

MURIAÉ - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 09/01/2017

Não sei porque, os nossos dirigentes no setor lácteo, não protege nós produtores nacionais, já que , sustentamos , através de enormes impostos, gerando empregos em vários setores, todo o sistema rural lácteo  brasileiro , é complicado, talvez precisam olhar o novo presidente dos USA, ultra nacionalista, e duvido que sacaneiam os seus irmãos produtores rurais, por causa dos leva vantagem.
José Eustáquio Bernardino de Sena - Nenê Sena
JOSÉ EUSTÁQUIO BERNARDINO DE SENA - NENÊ SENA

CANDEIAS - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 08/01/2017

Roberto, depois me ligue. Nene Sena
jose enock castroviejo vilela
JOSE ENOCK CASTROVIEJO VILELA

GOIÂNIA - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/01/2017

Uma   vergonha  a politica agropecuária  do nosso pais, principalmente para o setor lacteo, politicos frouxos e entidades classistas pelegos destes politicos. Protegem os produtores Uruguaios em detrimento dos brasileiros, é hora de darmos um basta e criarmos um fundo de proteção aos produtores de leite,  R$ 0,001/lt produzido, nas crises, 15 dias sem entregar leite em alguns Estados, com a cobertura do custo minimo ao produtor, vamos ver se estes governantes não  olham os produtores de leite de maneira diferente, quantos empregos somos responsaveis nestas plantas industriais, que consomem um volume astronomico de INCENTIVOS FISCAIS.
Roberto Jank Jr.
ROBERTO JANK JR.

DESCALVADO - SÃO PAULO - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 06/01/2017

1.5 bilhão de litros de deficit na balança é um recorde infeliz. Não dá nem para dizer que era necessário e "que o mercado se regula"  porque saímos do céu para o inferno dos preços em poucos meses.

Enquanto não implantarmos um regime de cotas para o Uruguai vamos viver esse jogo de perde perde (produção cai, preço cai) toda vez que o câmbio ou o preço internacional do leite permitir que a sanha dos traders se sobreponha à demanda real do mercado.
Qual a sua dúvida hoje?