Baixa na Lácteos ofusca negócios da GP em 2012

De acordo com o Valor Econômico, a baixa contábil de 80% na participação na Lácteos do Brasil (LBR), que entrou com pedido de recuperação judicial em fevereiro, ofuscou um ano de negócios da GP Investimentos, a qual esperava alcançar recuperação após uma série de resultados ruins.

A GP investimentos, mesmo com três novos investimentos no ano passado (BR Towers, Ebam e Centauro) e vendendo com lucro as participações na empresa BR Properties e na rede de churrascarias Fogo de Chão, ainda não recuperou seus resultados. O valor da participação da gestora na produtora de laticínios, detentora de marcas como Parmalat, Poços de Caldas e Bom Gosto, foi reduzido para US$ 14,5 milhões. "Eventualmente teremos uma surpresa positiva, mas não achamos que vamos recuperar o que imaginávamos de valor para esse negócio", afirmou o copresidente da GP Fersen Lambranho.

Segundo o Valor, o investimento na LBR faz parte do quarto fundo da GP, que enfrentou problemas durante a crise financeira em razão das aquisições alavancadas da Magnesita (produtora de refratários para a indústria siderúrgica) e San Antonio, empresa de serviços para a indústria de petróleo. Entretanto, o Valor cita que este mesmo fundo trouxe resultados positivos com a empresa de educação Estácio Participações. Em janeiro, a GP embolsou R$ 127,8 milhões com a venda de parte de suas ações na oferta realizada pela companhia, o que proporcionou uma taxa de retorno de 17% ao ano.

A GP investiu recentemente pelo quinto fundo, que também possui na carteira a Sascar e uma fatia na San Antonio. O fundo já baixou como prejuízo o aporte feito na empresa de implantes Imbra.

A partir de 2011, o Valor Econômico cita que a gestora começou a diversificar as atividades ampliar suas áreas de investimento, captando valores para investimentos no setor imobiliário, montando, inclusive, uma equipe com foco em investimentos em projetos de infraestrutura. Para comandar esta nova área de atuação, a gestora contratou o executivo Paulo Mattos, ex- Oi e BNDES.

Esta reportagem é do Valor Econômico, resumida pela equipe MilkPoint.

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