Austrália competirá com Nova Zelândia pelo mercado chinês, diz especialista do Rabobank

A demanda chinesa por produtos lácteos da Nova Zelândia está alta, mas não há oferta suficiente para satisfazer a crescente demanda, fornecendo oportunidades para os exportadores de lácteos australianos, de acordo com a especialista no setor de lácteos do Rabobank, Hayley Moynihan.

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A demanda chinesa por produtos lácteos da Nova Zelândia está alta, mas não há oferta suficiente para satisfazer a crescente demanda, fornecendo oportunidades para os exportadores de lácteos australianos, de acordo com a especialista no setor de lácteos do Rabobank, Hayley Moynihan.

Moynihan, que é diretora do Dairy Research New Zealand and Asia, visitou a Austrália recentemente e destacou que a indústria do país pode ganhar mais participação no mercado internacional.

Ela disse que a demanda chinesa por lácteos aumentou bastante, com os preços aumentando em mais de 50% nos últimos dois meses. “Esse aumento nos preços tem sido direcionado em grande parte pela seca na Nova Zelândia, que limitou o potencial de produção para exportação. Entretanto, esse evento mostra o quão escassas estão as ofertas globais agora. Quando não há um tampão para o choque na oferta, os mercados respondem com altos preços. É a história do ‘aqui e agora’”.

Apesar de os preços das commodities lácteas terem caído levemente desde o pico do recente aumento, Moynihan espera que o mercado permanecerá em níveis elevados até mais produtos serem distribuídos na primavera nesse ano.

Ela disse que embora a moeda esteja forte na Austrália e na Nova Zelândia, prejudicando parcialmente os retornos das commodities lácteas exportadas, as forças de mercado prevaleceram.

Com relação ao acordo de livre comércio (ALC) entre Nova Zelândia e China, Moynihan disse que embora o acordo permita um volume especificado de produtos neozelandeses na China livre de tarifas, essas se aplicarão sobre as exportações acima desse nível.

“Na realidade, o ALC não está determinando a competitividade geral da Nova Zelândia, à medida que os volumes livres de tarifas representam somente cerca de um quinto do volume que a China está importando – a Austrália está em uma excelente posição para fornecer parte dessa oferta extra, mesmo sem uma provisão livre de tarifas. O mercado de lácteos chinês cresceu muito e o Rabobank espera que o consumo continuará expandindo”.

O gerente regional para o Gippsland, Scott Price do Rabobank acompanhou Moynihan em sua visita à Austrália. Price disse que têm sido dias difíceis para a indústria local que está enfrentando condições sazonais desfavoráveis e margens estreitas. Entretanto, em longo prazo, as previsões parecem positivas. “Precisamos ficar de olho nesses sinais globais, de forma que possamos tentar avaliar o que está por vir, particularmente com a natureza de como as commodities lácteas trabalham com relação às vendas futuras”.

A reportagem é do http://www.theland.com.au, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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