Aumento no preço do leite melhora relação de troca com diversos insumos

A alta no preço médio do leite pago ao produtor, em março, melhorou a relação de troca frente a importantes insumos para a pecuária leiteira, como o concentrado de 22% de proteína bruta, o glifosato e a semente de milho para silagem na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea.

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A alta no preço médio do leite pago ao produtor, em março, melhorou a relação de troca frente a importantes insumos para a pecuária leiteira, como o concentrado de 22% de proteína bruta, o glifosato e a semente de milho para silagem na maioria das regiões acompanhadas pelo Cepea.

Para os grãos, como milho e soja, que são importantes componentes da ração, o avanço da colheita recorde, problemas com logística e a baixa capacidade de estocagem pressionaram as cotações no mês. Quanto ao glifosato, com a chegada do final da safra de grãos, o preço do insumo caiu na maioria das regiões, de fevereiro para março, favorecendo a relação de troca aos produtores.

Assim, no sul do País, o produtor precisou de 1,27 litro de leite para a compra de um quilo de ração concentrada no Rio Grande do Sul, em março, com aumento de 3,9% no poder de compra em relação ao verificado em fevereiro. Em Santa Catarina, para a mesma aquisição, gastou-se 1,01 litros de leite, com crescimento de 12,4% no poder de compra, enquanto no Paraná foram necessários 1,16 litros de leite, com elevação de 15,5% no poder de compra. No Sudeste, produtores de Minas Gerais tiveram melhora de 6,5% na relação de troca em março, sendo necessários 1,23 litros de leite para a aquisição de um quilo de ração concentrada. Em São Paulo, o aumento no poder de compra foi de 10,1%, com o produtor precisando de 1,38 litros para a compra de um quilo do insumo. Em Goiás, para adquirir um quilo de ração, o produtor gastou 0,97 litro, com alta de 5,2% no poder de compra do produtor frente ao mês anterior.

Em relação ao glifosato, a melhora mais significativa do poder de compra, de fevereiro para março, foi de 35%, em Minas Gerais, onde foram necessários 16,72 litros de leite para comprar 1 litro do insumo. No Paraná, o produtor precisou de 11,78 litros para adquirir o insumo e, em Santa Catarina, de 10,99 litros, que representam aumentos de 8,4% e de 14,6%, respectivamente, no poder de compra. Apenas no Rio Grande do Sul houve queda de 9,1% no poder de compra. Os produtores precisaram de 13,90 litros de leite para comprar um litro do produto.

Já a relação de troca por um saco de 20 kg de semente de milho teve comportamento distinto entre as regiões acompanhadas pelo Cepea. Santa Catarina, Rio Grande do Sul e São Paulo registraram ligeira melhora no poder de compra, estritamente relacionado ao reajuste do preço do leite pago ao produtor. Em Santa Catarina, foram necessários 494,62 litros de leite, em março, para a compra de 20 kg de semente de milho, melhora de 0,5% no poder de compra frente ao verificado em fevereiro. No Rio Grande do Sul, os produtores precisaram de 425,06 litros e, em São Paulo, de 466,31 litros, o que representa melhora de 1,2% e de 2,6%, respectivamente, no poder de compra em março.

Entretanto, no Paraná, Goiás e Minas Gerais, o poder de compra em relação ao insumo diminuiu de fevereiro para março. Neste caso, houve reajuste no preço do saco de 20 kg de semente de milho. Em março, no Paraná, foram necessários 327,3 litros de leite para comprar um saco de semente, em Goiás, 423,92 litros e, em Minas Gerais, 512,64 litros, com reduções de 0,6%, 7,2% e 8,9%, respectivamente, no poder de compra.



As informações são do Boletim Ativos da Pecuária de Leite, feito pelo Cepea/Esalq-USP em parceria com a CNA.adaptadas pela equipe MilkPoint.

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