A produção global de leite deverá alcançar 928 milhões de toneladas (901 bilhões de litros) até 2023, um aumento de 180 milhões de toneladas com relação aos níveis atuais, de acordo com o último relatório de previsões agrícolas produzido pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico ou Econômico (OCDE).
Aproximadamente 78% do leite extra será produzido pelas nações em desenvolvimento, onde a produção deverá crescer apoiada pelos maiores rebanhos leiteiros e melhores rendimentos produtivos.
O relatório previu que a Índia se tornaria o maior país produtor de leite em volume, ultrapassando a União Européia (UE) – coisa que já aconteceu, conforme dados do governo indiano (http://bit.ly/1mDJeia). Em contraste, o crescimento anual da produção nos países desenvolvidos deverá ser de apenas 0,8% em média por ano, limitado pelos maiores custos de produção e considerações ambientais. Apesar da remoção das cotas de produção, o crescimento no setor de lácteos da UE deverá ser somente de 0,5% em média por ano na próxima década.
A OCDE e a FAO também previram que os preços para os produtos lácteos deverão se manter firmes nos próximos 10 anos. Isso é baseado em uma previsão de que o crescimento da demanda nos países em desenvolvimento ultrapassará o crescimento da produção, fornecendo suporte aos preços.
Os níveis relativamente altos de crescimento das receitas e a maior globalização das dietas direcionarão o crescimento da demanda por lácteos nos países em desenvolvimento, devendo alcançar até 1,9% por ano. A demanda também deverá aumentar nos países desenvolvidos, apesar de a uma taxa muito mais lenta.
A reportagem é do http://www.agriland.ie, traduzida pela Equipe MilkPoint Brasil.