As autoridades do Ministério da Agroindústria da Argentina acreditam que a melhor maneira de gerar valor na cadeia de lácteos do país – e reverter a atual crise de receitas – é fomentar as exportações. O principal mercado importador de lácteos é a China. Em 2015, essa nação importou lácteos por um valor de U$ 6,776 bilhões, dos quais apenas 0,6% foram fornecidos pela Argentina, segundo dados de um relatório publicado pelo Conselho Agroindustrial da Argentina na República Popular China.
A China assinou Tratados de Livre Comércio (TLC) com a Nova Zelândia, Austrália, Chile, Costa Rica e Peru, entre outras nações. O governo uruguaio de Tabaré Vázquez mostra intenções de avançar nesse sentido, para melhorar o perfil de suas exportações agrícolas. As autoridades argentinas não emitiram até o momento, nenhuma intenção a esse respeito.
O principal produto lácteo importado pela China são as fórmulas infantis, com US$ 3,732 bilhões importados em 2015, dos quais 24%, 11% e 10% correspondem a vendas realizadas por Holanda, Irlanda e Alemanha. Os últimos dados oficiais publicados pela União Europeia (UE) indicam que as fazendas leiteiras das principais nações dessa região receberam em 2011 (quando os preços internacionais eram muito mais elevados que os atuais) subsídios equivalentes a 40% das receitas totais.
Boa parte do desempenho exportador europeu de fórmulas infantis no mercado chinês se deve também ao poder de marketing das grandes corporações alimentícias presentes nessa região (trata-se de um segmento no qual a fidelidade do consumidor é gerada por meio de uma marca reconhecível).
A China se converteu no maior mercado do mundo para fórmulas lácteas infantis após o escândalo de contaminação do leite com melamina em 2008. Para favorecer essa demanda de fórmulas infantis importadas, as autoridades do governo central chinês reduziram a tarifa de importação em 5%, de maneira tal a facilitar a entrada desses produtos.
O segundo mercado de lácteos mais importante é o de leite em pó, liderado pela Nova Zelândia, que em 2015 ficou com 79% do mercado chinês, com vendas de US$ 1,197 bilhão versus um total de US$ 1,507 bilhão. Austrália teve uma participação de 7%, Estados Unidos de 4%, Alemanha e Franca, 2% cada.
Além da vantagem geográfica, que representa um menor custo de frete, em 2008 a Nova Zelândia e a China concretizaram um TLC por meio do qual se determinou uma tarifa decrescente para as importações chineses de leite em pó neozelandês (o mesmo é de 2,5% para 2016, será de 1,7% para 2017 e desaparecerá por completo em 2019). A Argentina deve pagar uma tarifa de 10% para poder entrar com leite em pó no mercado chinês.
O único produto no qual a Argentina tem uma participação relativamente importante é o soro de leite – substituto de baixo custo do leite em pó -, com vendas em 2015 de US$ 35 milhões (5% do total), muito atrás de Estados Unidos (38%), Alemanha (12%), França (12%) e Holanda (7%).
Quanto ao leite fluido longa vida, no ano passado, a China importou US$ 485 milhões (com Alemanha e Nova Zelândia ficando com 31% e 24% do mercado, respectivamente), enquanto que as compras de queijos foram de US$ 348 milhões (com Nova Zelândia liderando o segmento, com 46% do mercado, seguida por Austrália e Estados Unidos, com 19% e 15%, respectivamente).
As informações são do Valor Soja, traduzidas pela Equipe MilkPoint.
Argentina quer aumentar participação no mercado chinês de lácteos
As autoridades do Ministério da Agroindústria da Argentina acreditam que a melhor maneira de gerar valor na cadeia de lácteos do país - e reverter a atual crise de receitas - é fomentar as exportações. O principal mercado importador de lácteos é a China. Em 2015, essa nação importou lácteos por um valor de U$ 6,776 bilhões, dos quais apenas 0,6% foram fornecidos pela Argentina, segundo dados de um relatório publicado pelo Conselho Agroindustrial da Argentina na República Popular China.
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