Argentina: legisladores de Córdoba e Santa Fé avaliam crise da SanCor

Os legisladores da província de Santa Fé se reuniram para discutir a crise da SanCor e seu impacto sobre as economias regionais. Eles constituíram uma mesa de trabalho permanente e convidaram seus pares nacionais e o ministro da agroindústria, Ricardo Buryaile, para participar. Eles esperam que a cooperativa leiteira oficialize seu plano de reestruturação e, com base nisso, possam tomar decisões concretas.

Um projeto de plano já está nas mãos de Buryaile, mas apenas se tornou público na segunda-feira passada. "O que é unânime é que qualquer solução deve incluir a defesa irrestrita de todos, cada um dos postos de trabalho e do sistema cooperativo”, informa o documento. O representante da União de Córdoba, Manuel Calvo, disse que legisladores de áreas onde existem pastagens com problemas descreveram as particularidades e concordaram que "não há política leiteira no país há mais de uma década, o que, além dos problemas de gestão da SanCor - produz crises recorrentes”. Calvo explicou que o alcance de sua ação é "limitada" sobre o que eles podem fazer. Um aspecto é "envolver-se na defesa do setor lácteo”.

A reunião foi seguida por um grupo de trabalhadores da SanCor interessados em saber o que as províncias poderiam fazer para melhorar a situação. Córdoba já anunciou que vai pagar por um ano os subsídios equivalentes a um salário mínimo tanto aos dispensados, como para os suspensos nas plantas da empresa na província. Os trabalhadores das instalações de Brinkmann e Coronel Moldes terminaram na semana passada os 30 dias de férias compulsivas, depois de uma suspensão prévia de 15 dias. Por enquanto, eles não sabem como a situação vai continuar.

Enquanto isso, o legislador Luis Rubeo, de Santa Fé, disse: "todos os setores envolvidos devem fazer um esforço que, talvez, implique resignar algum privilégio, sem que isso signifique a facilidade de encolhimento da empresa ou despedir pessoal. Esse tipo de supostas soluções que passam por redução demitindo trabalhadores já foi utilizado e ficou claro que não é bom”.