Argentina já perdeu pelo menos US$ 150 milhões em divisas por causa de restrições às exportações

Nos primeiros sete meses de 2014, foram declaradas 103.650 toneladas de exportações argentinas de leite em pó integral a granel por US$ 515,2 milhões. No mesmo período de 2013, as exportações foram de 134.038 toneladas por US$ 573,6 milhões.

A queda de 22,6% no volume se deve ao limite implementado pelo Governo nacional às exportações de lácteos em plena fase de auge do preço internacional do produto. No caso de ter podido exportar de janeiro a julho desse ano o mesmo volume de leite em pó integral que no ano passado, teria sido gerado – considerando o preço médio FOB do período – uma receita adicional da ordem de US$ 150 milhões.

No mês passado, as exportações argentinas de leite em pó integral a granel foram de 12.623 toneladas a um valor médio ponderado de US$ 4.818 por tonelada. No entanto, vale esclarecer que nessa média convivem grandes disparidades. Por exemplo, a Williner vendeu 200 toneladas com destino a Venezuela a um valor de US$ 5.239 por tonelada, enquanto a Nestlé vendeu ao Brasil 1.450 toneladas a US$ 4.825 por tonelada.

No outro extremo, a filial local da Saputo (Molfino) vendeu 400 toneladas com destino a Argélia, por um valor de US$ 3.750 por tonelada e 189 toneladas para Senegal, a US$ 3.850 a tonelada. A restrição para exportar leite em pó vigente no mercado argentino permitiu melhorar as receitas da cadeia de lácteos uruguaia.

A reportagem é do www.valorsoja.com, traduzida pela equipe MilkPoint Brasil.