Argentina: indústrias denunciam Brasil por barreiras nas vendas de leite em pó

A Câmara da Indústria Leiteira (CIL) da Argentina pediu a intervenção da secretária de Comércio Exterior, Beatriz Paglieri, visto que o Brasil diminuiu em mais de 50% as compras de leite em pó, segundo dados do primeiro quadrimestre.

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A Câmara da Indústria Leiteira (CIL) da Argentina pediu a intervenção da secretária de Comércio Exterior, Beatriz Paglieri, visto que o Brasil diminuiu em mais de 50% as compras de leite em pó, segundo dados do primeiro quadrimestre.

O presidente da CIL, Miguel Paulón, admitiu que pediram a intervenção de Paglieri porque há barreiras burocráticas para a exportação de leite em pó. “Para esse ano, firmou-se a entrada de 3.600 toneladas mensais (deveriam ter sido exportadas 14.400 toneladas) e somente se venderam 7.000 toneladas”, disse ele.

A indústria leiteira obteve a prorrogação das exportações de leite em pó por um volume de 3.600 toneladas mensais, já que esse foi o volume que estava vigente em 2012. Paulón afirmou que o convênio estará vigente até janeiro de 2014; e que em maio próximo, haverá um monitoramento sobre a evolução das vendas para que não haja sobressaltos.

O acordo, selado em janeiro, encerrou com uma singularidade, já que a delegação de empresários do Brasil estava acompanhada por funcionários do Ministério do Desenvolvimento e sem a presença de funcionários argentinos. Do setor privado, participaram membros da Organização de Cooperativas Brasileiras (OCB); da Confederação Brasileira de Cooperativas Leiteiras (CBCL); e da Associação Brasileira das Indústrias de Queijo (ABIQ). O empresário reconheceu que a CIL negociou a exportação de 4.000 toneladas de leite em pó por mês e ainda que isso não tenha sido alcançado, “a cota pode aumentar”, segundo o comportamento do mercado brasileiro. Além disso, no mês de setembro haverá uma segunda revisão do acordo.

De todos os modos, todavia, há um assunto sem resolver: ainda que não esteja determinada a quantidade faltante, ainda não entraram as 43.200 toneladas anuais de leite em pó, designadas para 2012, no mesmo piso que para esse ano. De acordo com os dados apresentados por produtores brasileiros, em 2012, o Brasil importou 40.121 toneladas de leite em pó da Argentina, sobre um volume total importado de 104.132 toneladas.

A reportagem é do www.diariobae.com, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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RONALDO CARVALHO SANTOS
RONALDO CARVALHO SANTOS

CURITIBA - PARANÁ - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA

EM 22/05/2013

Entendo a preocupação de Los Hermanos, pero.......Há que  se entender que as tratativas, não são "reserva de mercado" e nem  obrigatoriedade de compras automáticas. Porém há solução para a pendenga. Criteriosas análises laboratoriais com liberação da internalização dos produtos e fechamento de cambio , após conhecidos os resultados, aliás critério que deve ser usado para lácteos em geral, com atenção especial à "Mussarela" (?). .Dessa forma , se cumprem  às Normas Internacionais sem configurar Barreiras protecionistas
gilmar de souza soares
GILMAR DE SOUZA SOARES

RIO DE JANEIRO - RIO DE JANEIRO - INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS

EM 16/05/2013

sou representante de vendas no rio de janeiro,as marcas argentinas so vem para protituir o mercado depois somem,eles que se virem com seu leite
Olímpio Gomes Aguiar
OLÍMPIO GOMES AGUIAR

BELO HORIZONTE - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 16/05/2013

O Sr Guilherme definiu muito bem o que motivou o Governo Brasileiro a frear um pouco as importações de lácteos.
Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 15/05/2013

Prezados Senhores: Isto é uma grande piada. Só porque o Governo Brasileiro, em vésperas de eleição, tenta angariar alguns votos toma atitudes que deveriam ter sido assumidas há longos anos atrás, preservando - pelo menos, um mínimo - nosso mercado interno, os Argentinos, que reservam seu mercado para tudo, abrem o bico. Aliás, se eu fosse argentino, pensando bem, também gritaria a plenos pulmões, já que somos um ótimo mercado para as triangulações que eles e os uruguaios fazem neste deplorável Mercosul, e o nosso suado dinheiro vai fazer enorme falta para eles.



GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

FAZENDA SESMARIA - OLARIA - MG

=HÁ OITO ANOS CONFINANDO QUALIDADE=
Qual a sua dúvida hoje?