Argentina: Bolsa de Rosário avança no mercado de lácteos
Bolsa de Comércio de Rosário (BCR) - similar a BM&FBovespa -, na Argentina, avança na criação de um preço de referência para o leite que os produtores entregam às indústrias. Atualmente, as empresas fixam o preço quando têm o produto em seu poder e pagam em sessenta dias (dependendo da empresa) sobre parâmetros que dificilmente o produtor pode verificar.
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A ideia de um mercado de lácteos começou a ganhar força com a apresentação de um contrato modelo de venda de leite fluido que foi redigido conjuntamente por membros da oferta e da demanda do setor leiteiro. As partes podem fazer modificações no modelo, mas, basicamente, o documento deverá oficializar um compromisso de volume de entrega de leite por parte do produtor, período de contrato e preço ponderado, ainda que, por se tratar de um produto perecível, aceita flutuações.
O preço, que em todos os casos será combinado pelas partes, pode se formar em função do valor internacional do leite em pó ou dos índices de preços que surjam do sistema de Liquidação Única, implementado no país desde fevereiro passado, ou em função do preço a ser pago informado pelo comprador.
Para os produtores de leite, o contrato poderá ser transformado em uma ferramenta para conseguir melhores financiamentos, ao contar com o compromisso de compra da usina láctea por um período de tempo determinado.
A BCR participará com o registro dos contratos e também poderá arbitrar no caso de controvérsias entre as partes, como também participar da constatação da qualidade do leite avaliada através de seus laboratórios, como é feito hoje com os grãos. Em função dos preços refletidos nos contratos entre as partes, a BCR poderá formar um valor médio para publicar como referência para o mercado.
Segundo a entidade, a medida tende a institucionalizar o mercado. Hoje, o único preço de referência publicado é o do Ministério da Agricultura, divulgado mensalmente, um tempo depois de fechadas as operações e informadas as transações.
A BCR descartou que possa haver um mercado de futuros de leite fluido por causa do caráter perecível do produto. Por outro lado, isso não implica a criação de um mercado de futuros de leite em pó.
A reportagem é do www.cronista.com, traduzida e adaptada pela Equipe MilkPoint.
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