Aquecimento global pode reduzir produção leiteira

Segundo Hilton Pinto, caso se concretize a previsão de Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática (IPCC) para o clima mundial, a pecuária será uma das atividades fortemente prejudicadas. Entre os efeitos previstos, está a redução drástica na produção de leite e o aumento no número de abortos.

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Segundo o diretor do Centro de Pesquisas Meteorológicas Aplicadas em Agricultura, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Hilton Pinto, caso se concretize a previsão de Painel Intergovernamental sobre a Mudança Climática (IPCC) para o clima mundial (aumento da temperatura entre 1,8ºC e 4ºC até o fim do século), a pecuária será uma das atividades fortemente prejudicadas. Entre os efeitos previstos, está a redução drástica na produção de leite e o aumento no número de abortos.

Hilton Pinto diz que as mudanças climáticas já ocorridas revelam o futuro da agropecuária brasileira. "Não são provas extremamente cientificas, mas mostram o que está acontecendo no Brasil", afirma.

Um exemplo desse quadro foi o aumento ocasional de 4º C da temperatura no Estado de São Paulo em setembro de 2004. Na época, houve prejuízos de US$ 50 milhões. Com o calor excessivo, a produção de leite chegou a cair pela metade em apenas quarto dias e o número de abortos teve um aumento elevado, principalmente nos suínos - cerca de 50%.

Além disso, períodos de chuvas abundantes, como as que ocorreram no Sudeste entre o final de 2006 e início de 2007, vão se repetir com freqüência. Hilton Pinto acredita que com uma elevação de 1º C na temperatura, haverá uma elevação entre 5% e 15% na quantidade de chuvas. "Só que não são chuvas agrícolas, são temporais, como os vistos recentemente em Minas Gerais", afirma.

No Sul, a tendência é que aconteçam cada vez mais tornados, como os de Santa Catarina em 2005. Já no Nordeste, a agricultura vai sofrer porque o aumento da evaporação causado pelas temperaturas maiores reduzirá os níveis de água dos lençóis freáticos. As informações são do O Estado de S. Paulo.
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Gibson Jean Silva Santos
GIBSON JEAN SILVA SANTOS

SENHOR DO BONFIM - BAHIA - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 18/02/2007

Já estamos cientes dos problemas que enfrentaremos daqui para a frente, então não podemos cruzar os braços temos que agir pensando no futuro.

Cada agricultor e pecuarista deve colocar a mão na consciência e planejar melhor os desmatamentos que fazemos, os produtos que aplicamos nas lavouras e animais, rever nossas atitudes, pois creio que a natureza ainda quer nos dar uma segunda chance, e como diz o ditado popular: "errar é humano, permanecer no erro é burrice".

Enfim, se cada um fizer sua parte e com o objetivo de reconstruir o que destruimos, com certeza teremos um mundo melhor.
Guilherme Alves de Mello Franco
GUILHERME ALVES DE MELLO FRANCO

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 07/02/2007

Pobres agropecuaristas. Não bastasse ter que conviver com o descaso dos governos federais ao longo dos tempos, ainda têm que enfrentar as condições climáticas do planeta. É uma lástima. Aonde vamos parar? Talvez no olho de algum tornado ou embaixo de uma tromba d`água.

Mas, certamente, nem notaremos, de sorte que acostumados a freqüentar estes ambientes no dia-a-dia de nossas atividades. Porque plantar e criar neste País, é um constante temporal de problemas, recheado de trovoadas de indignação. Pensando bem, vai continuar a mesma coisa.

Alba Ornelas de Mello
ALBA ORNELAS DE MELLO

MINAS GERAIS - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 06/02/2007

É momento de preocuparmos com estes estudos, pensar em que poderemos fazer para amenizar estes problemas.

Gostaria da sugestão do autor para cada um de nós, produtores rurais.

Atenciosamente, Alba.
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