Aprocan quer difundir marca "Região do Queijo da Canastra"

Lançada há menos de um ano, a marca "Região do Queijo da Canastra" vem trazendo bons resultados para os produtores. Com a maior capacitação e investimentos na produção, os queijos comercializados com a marca estão com maior valor agregado e podem chegar até R$ 120 a unidade dependendo do tipo e da maturação. O grande desafio, após a conquista do selo de Indicação de Procedência (IP) e do lançamento da marca, é combater a venda de queijos irregulares que utilizam o logotipo sem autorização.

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Lançada há menos de um ano, a marca "Região do Queijo da Canastra" vem trazendo bons resultados para os produtores. Com a maior capacitação e investimentos na produção, os queijos comercializados com a marca estão com maior valor agregado e podem chegar até R$ 120 a unidade dependendo do tipo e da maturação. O grande desafio, após a conquista do selo de Indicação de Procedência (IP) e do lançamento da marca, é combater a venda de queijos irregulares que utilizam o logotipo sem autorização.

Todo o processo para conquistar a diferenciação do queijo da Região do Queijo da Canastra e os avanços promovidos pela mesma foram tema do painel "DNA café 2015: origens e empreendedorismo: aprendendo com Outros Produtos", realizado durante a Semana Internacional do Café (SIC), que se encerrou sábado passado no Centro de Feiras e Exposições George Norman Kutova (Expominas), em Belo Horizonte.

A marca é gerenciada pela Associação de Produtores de Queijo Minas Artesanal da Serra da Canastra (Aprocan) cujo trabalho é baseado em normas exclusivas para a seleção de interessados em utilizar a denominação "Região do Queijo da Canastra". De acordo com o presidente da Aprocan, João Carlos Leite, para solucionar o problema da venda de queijos irregulares com o logotipo da região, a associação está negociando com uma empresa francesa especializada na marcação de produtos. A expectativa é que no ano que vem os queijos da Aprocan sejam negociados com a marca impressa no próprio queijo.


Solange Soares e Ivair Oliveira: investimentos compensados pelo aumento da renda/Divulgação
 
O problema que os produtores enfrentam está relacionado ao aumento da comercialização de queijos falsificados com a marca Região do Queijo da Canastra, por isso, a entidade está em busca de uma solução eficaz. A ideia, segundo Leite, é aplicar uma espécie de tatuagem nos queijos, o que é feito através do uso de uma placa de caseína - proteína do leite com tinta especial e comestível, que marca o queijo com a logomarca da associação e diferencia dos demais. "Precisamos desse investimento porque depois da valorização apareceu queijo canastra de todas as regiões do Estado e isso é prejudicial tanto para o produtor quanto para o consumidor, que acaba adquirindo um produto de procedência duvidosa", ressalta.

A região do Canastra concentra cerca de 800 produtores, distribuídos em sete municípios - Bambuí, Delfinópolis, Medeiros, Piumhi, São Roque de Minas, Tapiraí e Vargem Bonita. Cada produtor fabrica, em média, 20 queijos por dia, sendo o processo totalmente artesanal. Dos produtores da região, cerca de 80% são da agricultura familiar. Os queijos produzidos da região, mas que não passaram pelo processo de certificação da Aprocan, são negociados em média a R$ 9. Já o produto dos 40 produtores que se capacitaram e investiram no processo para utilizar a marca negociam o queijo tradicional canastra entre R$ 35 e R$ 60.

A agregação de valor é ainda maior nos queijos canastra real, que são negociados entre R$ 70 e R$ 120, dependendo do grau de maturação. "Depois da conquista da IP, estamos colhendo bons resultados. Com a padronização dos processos e a maior capacitação conseguimos agregar valor aos queijos, o que é fundamental para garantir ganho de renda aos produtores".

As informações são do Diário do Comércio.
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Hermenegildo de Assis Villaça
HERMENEGILDO DE ASSIS VILLAÇA

JUIZ DE FORA - MINAS GERAIS - PESQUISA/ENSINO

EM 30/09/2015





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