AM: fiscalização proposta por Ministério da Agricultura vira alvo de críticas de diversas entidades
O Ministério da Agricultura lançou uma proposta polêmica que tem sido alvo de críticas de diversas entidades até o momento: terceirizar a inspeção de alimentos em indústrias de alimentos de origem animal que seria feito por pessoal contratado pelas próprias empresas. Já os produtos para exportação continuariam sendo inspecionado pelos fiscais agropecuários federais de carreira.[...]
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Em Manaus, o assunto foi debatido na quinta-feira (09/07) passada por fiscais e agentes federais do Mapa, pela Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf), pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), Associação dos engenheiros Agrônomos e Ordem dos Advogados do Brasil.
São alvos da mudança indústria de produtos de origem animal, desde abatedouros de aves, de carne bovina e suína; frigoríficos peixe, produtores de ovos, de laticínios e de mel.
Segundo o diretor do Sindicato dos Agentes Fiscais Agropecuários do Mapa no Amazonas, Rodrigo Leite, com as próprias empresas ‘se fiscalizando’, os alimentos estão vulneráveis a chegar à mesa do consumidor com diversos tipos de fraudes, desde adulterações químicas ou biológicas, peso de alimentado fraudado ou falsificações. Como exemplos, estão fraudes que ganharam manchete nacional como o do leite adulterado com soda cáustica por produtores do Rio Grande do Sul; bem como adição de água na carcaça de frangos congelados em frigoríficos no Sul.
Na contramão
O diretor do Sindicato dos Agentes Fiscais Agropecuários do Mapa no Amazonas, Rodrigo Leite, que tem participado das discussões, acredita que o governo está indo na contramão do interesse público. “Como vai ficar a garantia do consumidor diante de uma situação dessa? Ao invés do governo está garantindo a qualidade do alimento que chega a mesa do consumidor, está tomando o caminho inverso. As áreas técnicas dos Mapa são contrárias”, ressaltou.
Segundo o sindicato, o governo quer fazer algo inconstitucional, já que é uma atividade típica do estado. “O governo está se eximindo da responsabilidade dele, deixando o consumidor brasileiro solto, sem ter quem garanta seu direito e privilegiando os mercados estrangeiros. Deixando o produto que fica no Brasil a critério da indústria.
O sindicalista pôs em cheque a decisão tomada pela ministra da Agricultura Kátia Abreu, que é pecuarista e presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil. “Há um conflito de interesse da ministra (Kátia Abreu) na condição de latifundiária e membro do setor produtivo”, enfatizou Rodrigo.
Mas como garantir a qualidade sanitária dos alimentos consumidos pelos brasileiros? Questionado, o Ministério da Agricultura se limitou a responder que “ainda estudando as mudanças no regulamento. Portanto, não há nenhuma definição do que vai ser alterado no que se refere à fiscalização e inspeção”.
A mudança, que está sendo debatida a nível nacional, pode ser feita por meio de instrução normativa publicada diretamente pelo Ministério da Agricultura.
As informações são do portal A Crítica.
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GUARANIAÇU - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 16/07/2015

GUARANIAÇU - PARANÁ - PRODUÇÃO DE LEITE
EM 16/07/2015

JAGUARIÚNA - SÃO PAULO - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 16/07/2015

JI-PARANÁ - RONDÔNIA - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS
EM 16/07/2015
É com muito pesar que leio esta notícia.
É um absurdo deixar a fiscalização de produtos de origem animal a cargo da iniciativa privada, pois o técnico mesmo querendo fazer seu trabalho direito vai sofrer influência da indústria e vai procurar preservar seu emprego. Todos têm família e filhos e ninguém quer ver seu filho passando necessidades.
Por outro lado vemos uma Ministra inexperiente, com pouca capacidade e pensando somente no mercado internacional. O fato de a ministra deixar fiscais federais somente em indústrias exportadoras é única e exclusivamente que em países sérios seus governantes primam pela saúde de sua população. Tais países exigem que empresas exportadoras tenham fiscais federais agropecuários fiscalizando.
A ministra "muito inexperiente" está tentando resolver as dificuldades financeiras do seu ministério colocando em risco a saúde de toda a população brasileira. ISTO É UM ABSURDO.
Já no Brasil nossos governantes primam por seus interesses particulares e a população que se vire.
Com certeza a ministra não está defendendo a população Brasileira e sim seus interesses particulares.
NÃO TEM COMO NÃO FICAR REVOLTADO.

GOIÂNIA - GOIÁS - MÍDIA ESPECIALIZADA/IMPRENSA
EM 15/07/2015
No meu tempo de ativa, no Lanagro, era impressionante a quantidade de fraudes detectadas em alimentos de origem animal, em especial nos leites pasteurizados e longa-vida.
Aqui em Goiás, onde eu atuava, vária partidas de leite foram retiradas do mercado,impedindo deste modo, que chegassem à mesa dos consumidores.
Houve inclusive o fechamento definitivo de uma indústria, que funcionava numa cooperativa, pelas fraudes do seu leite com soda cáustica, (Hidróxido de Sódio), água oxigenada (Peróxido de Hidrogênio) e água.
Pensem bem se esta indústria e tantas outras que fraudam leites fossem inspecionadas por Médico Veterinário contratado por elas.
Entregar a inspeção nas mãos das indústrias é o mesmo que entregar o galinheiro aos cuidados da raposa.
Atenciosamente,
Fernando Melgaço.