Em seu pronunciamento, Guerra lembrou que o sindicato congrega mais de 30 empresas associadas, as quais respondem por mais de 90% do leite processado no Estado. “Somos o segundo maior Estado em produção de leite, com 4,3 bilhões de litros, com um crescimento médio de 7% ao ano, representando 12,5% da produção nacional”, disse ele, acrescentando que o Rio Grande do Sul abriga mais de 120 mil famílias que produzem leite em 90% dos 497 municípios gaúchos, o que dá uma dimensão da importância socioeconômica da atividade.
O dirigente disse que as indústrias implementaram controle de qualidade mais rígido e que não há no Brasil leite mais fiscalizado e analisado do que o produzido no Estado. Guerra prometeu trabalhar para que o setor proponha políticas que fortaleçam cada vez mais a cadeia láctea. Relacionou como medidas prioritárias, entre outras, a rastreabilidade da coleta e transparência do transporte do leite in natura; agenda de trabalho com Mapa e Secretaria da Agricultura; atualização das normas que regulamentam o setor, principalmente na realização das análises e transporte do leite cru; busca de isonomia fiscal perante outros estados; e atuação na Aliança Láctea Sul Brasileira.
Em seu discurso de despedida, Zanatta agradeceu o apoio que teve e desejou sucesso à nova diretoria. Destacou que sua gestão trabalhou muito em favor da questão tributária para os associados de todos os perfis; empreendeu viagens aos países mais avançados em busca de novos conhecimentos e tecnologia; promoveu reuniões com laboratórios objetivando a padronização metodológica; obteve a assinatura da regulamentação da nata; e realizou, em parceria, a Vitrine do Leite na Expointer 2014, entre outras ações.
Zanatta sugeriu a Guerra total apoio à Aliança Láctea Sul Brasileira, prevendo que a região Sul superará a Sudeste na atividade leiteira. O secretário da Agricultura, Pecuária e Agronegócio, Cláudio Fioreze, que representou o governador Tarso Genro, parabenizou Guerra e Zanatta e fez considerações sobre conquistas e desafios do setor. Segundo ele, a produção de leite dobrou graças aos empreendedores e políticas públicas e o preço pago aos produtores é um dos melhores do mundo. Mas ainda é preciso melhorar a produtividade. Quanto à qualidade, disse que o leite gaúcho é o melhor do país, com 97% dentro dos parâmetros. Advertiu que é preciso resolver problema no elo do transporte.
O superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento no Rio Grande do Sul, Francisco Signor, afirmou que o setor avançou significativamente nos últimos anos, prestando um “tributo” às gestões anteriores do Sindilat. Para ele, a “pirotecnia” em torno de fraude do leite acabou. Reafirmou que o leite gaúcho é bom, embora sempre haja alguém para botar defeito internamente, o que não acontece fora do país. Signor disse que o foco do Mapa é habilitar empresas para exportarem soro de leite em pó e leite em pó.
O presidente da Fetag, deputado estadual eleito Elton Weber, colocou-se à disposição do setor na próxima legislatura.”Espero ser demando na Assembleia Legislativa”. O diretor da Farsul Jorge Rodrigues destacou a importância da cadeia láctea na economia do Estado e afirmou que a federação está pronta para dar continuidade à parceria que mantém com o Sindilat. Entre outras autoridades, além das já citadas compareceu à posse o deputado estadual Ernani Polo.