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Cuidados essenciais com o manejo e alternativas para a cama do Compost Barn

POR KARISE FERNANDA NOGARA

INTERLEITE SUL

EM 04/03/2024

4 MIN DE LEITURA

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O manejo adequado da cama em um Compost Barn é fundamental para garantir o bem estar e a saúde do rebanho leiteiro, além de promover a eficiência do sistema de compostagem. Nesse contexto, alguns cuidados essenciais se destacam, assim como alternativas que podem otimizar esse processo.

Monitoramento da umidade: Manter a cama do Compost Barn com a umidade ideal, de 40 a 60%, é crucial para evitar problemas de saúde dos animais, principalmente relacionados à glândula mamária, e garantir a eficiência do processo de compostagem. Umidade excessiva pode levar à proliferação de bactérias patogênicas, agressivas ao úbere dos animais, aumentando a exposição a estes, e as chances de inflamação; enquanto a falta de umidade compromete o processo de decomposição. Por isso, encontrar o equilíbrio no sistema é fundamental.

Em nível de fazenda, a verificação da umidade pode ser feita de maneira subjetiva, através da mão: pegar um bolo da cama na mão e apertar. Verificar a consistência desse bolo. Se o bolo ficar firme, resistente ao toque (sem se desfazer) e apresentar água entre os dedos é porque a umidade da cama está elevada. Se o bolo é sensível ao toque (fica agregado, mas se desfaz com facilidade) a umidade está adequada. Porém, quando o bolo não é formado, não tem firmeza, é porque falta umidade.

Outra forma de avaliar a umidade é através da airfryer (assim como é feito com a determinação da matéria seca da silagem). Pesar uma quantidade de amostra e colocar para secar. Verificar o peso até ele ficar constante.

Esse manejo preventivo na cama é indicado para evitar condições onde a cama pode se apresentar compactada em virtude da alta umidade. Uma cama úmida e compactada, além da maior exposição de patógenos à glândula mamária, também pode favorecer o surgimento de problema de pés e pernas, pela dificuldade dos animais se locomoverem em um local com desnível e pesado. Dermatites podais também podem ser verificadas em vacas alojadas em cama com alta umidade, ocasionando o acúmulo de matéria orgânica na região.

Aeração da cama: Garantir uma boa aeração é essencial para promover a entrada de oxigênio na cama para utilização pelas bactérias aeróbias ali presentes. A entrada de oxigênio, juntamente com os nutrientes carbono e nitrogênio, atuam como combustíveis para as bactérias realizarem a atividade microbiana e consequente decomposição dos materiais orgânicos, evitando a proliferação de moscas no local.

Para o revolvimento da cama pode-se utilizar como equipamentos o escarificador e a enxada rotativa. Esta prática deve ser realizada duas vezes ao dia para manter a oxigenação e favorecer a atividade microbiana.

Lotação animal: Manter um espaço adequado para todas as vacas descansar é importante, tanto para a produção de leite como para o conforto dos animais. Os primeiros trabalhos publicados sobre o assunto recomendavam a densidade de 7,4 m2 /vaca para vacas holandesas, com média de 540 kg. Nos dias atuais, o nosso padrão de vaca já é outro: vacas maiores e mais pesadas, com 680 kg de média. Consequentemente, essas vacas comem mais, produzem mais, mas também excretam mais dejetos. Só por este motivo já deveríamos destinar um espaço maior para nossas vacas.

Contudo, também precisamos pensar que o local deve acomodar todas as vacas de maneira confortável, sendo possível que todas deitem e levantem com facilidade. Por isso, hoje na literatura já há recomendações de 12 e 15 m2 /vaca, sendo que algumas situações, como na região Sul do Brasil, onde os invernos são rigorosos, frios e úmidos, é até aconselhável destinar 20 m2 /vaca. O controle sobre a lotação animal é também uma maneira de controlar a umidade no local.

Escolha dos materiais: A seleção dos materiais para compor a cama do Compost Barn é um aspecto crucial. Materiais como palhada (trigo, milho, soja), cascas (de aveia, de café, amendoim, arroz), aparas de madeira, serragem e maravalha podem ser utilizados, dependendo do custo e disponibilidade na região. Contudo, devido ao tamanho de partícula e à concentração de carbono, a capacidade de absorção de umidade é diferente entre os materiais, o que influencia a atividade microbiana.

A serragem e a maravalha são os materiais que mais apresentam carbono em sua composição e por isso são amplamente recomendados. Devido à disputa por estes materiais no mercado, é importante que o produtor não fique dependente exclusivamente destes, mas sim procure variar e mesclar a utilização de materiais alternativos, podendo baratear o custo das reposições, desde que a cama se mantenha seca.

Encorajamos a adoção desses cuidados essenciais no manejo da cama do Compost Barn para assegurar a saúde e o conforto do rebanho leiteiro, bem como para otimizar a eficiência do sistema. Monitorar a umidade, garantir uma boa aeração, controlar a lotação animal e selecionar os materiais adequados são passos fundamentais nesse processo.

Para explorar mais sobre esse tema e compartilhar experiências, convido todos a participarem do evento do Interleite Sul, o qual ocorrerá entre os dias 08 e 09 de maio em Chapecó/SC, onde essas questões serão discutidas de forma mais detalhada dentro do Painel 2 – Tecnologia aplicada para melhores resultados. Será uma excelente oportunidade para aprender e trocar conhecimentos com profissionais da área. Não percam essa chance de aprimorar o manejo e maximizar os resultados na produção leiteira. Aguardamos a presença de todos!

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KARISE FERNANDA NOGARA

Zootecnista formada pela UFSM/campus Palmeira das Missões/RS. Atualmente mestranda do Programa de Pós-Graduação em Zootecnia da Universidade Federal do Paraná. Trabalha com a qualidade e composição do leite e sistema de confinamento compost barn.

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