Segundo nota divulgada pela imprensa, “os produtores de leite do Agreste Pernambucano convidam todos que têm relação direta e indireta com a cadeia produtiva do leite para participarem da mobilização e sensibilização pública para reivindicar propostas que possam minimizar o grande impacto econômico e social que a pecuária de leite vem enfrentando. É uma crise sem precedentes na história e que está afetando milhares de famílias e comprometendo a permanência de milhares de empregos diretos e indiretos em função dos efeitos da seca”.
Manoel Viana Bezerra, presidente da AGROLEITE, ressalta que a sensibilização é apartidária. “A bovinocultura de leite representa o maior número de estabelecimentos do agronegócio (mais de 50 mil propriedades), tem a maior a participação no PIB do agronegócio de Pernambucano (cerca de 20%, R$ 1 bilhão apenas de receita primária), é a principal fonte geração de empregos e ocupação do agronegócio no estado (mais de 400 mil pessoas dependentes da cadeia de forma direta e indireta). Sobretudo, no agreste a cadeia é a principal indutora e mola propulsora na geração de renda inclusive nas cidades em função dos setores integrados como fábricas de laticínios, fornecedores de insumos agropecuários, prestadores de serviços, e demais cadeias interdependentes como comércio, transporte, fornecedores de embalagens, e insumos industriais”.
De acordo com a nota, a sensibilização ocorrerá de fronte a Igreja Matriz, na Avenida Santo Antônio em Garanhuns – PE, onde haverá assinatura simbólica da ATA com as 10 medidas propositivas que o setor está reivindicando (listadas abaixo).
10 proposições de curto, médio e longo prazo para a minimização dos efeitos da estiagem no agronegócio do leite em Pernambuco (na íntegra):
') Milho fornecido ao valor de R$ 30,00/sc 60 Kg (CEPEA 04/04/2017, R$28,86/sc 60 Kg) com base na ficha sanitária fica limitado a venda por produtor de no máximo de 2kg/animal/dia. Ex.: para retirada mensal o produtor com 30 animais adultos X 3 Kg milho/dia x 30 dias = 2.700 kg/mês. Centrais de distribuições no Agreste, como Garanhuns/Águas Belas /Arcoverde/Pesqueira/São Bento do Una, entre outros;
2) Cana-de-açúcar picada ou bagaço de cana-de-açúcar no valor de R$ 100/tonelada. Com base na ficha sanitária, bagaço limitado a 6 kg/animal/dia ou cana picada bagaço limitado a 15 kg/animal/dia. Ex.: para retirada mensal de bagaço o produtor com 30 animais adultos X 6 Kg cana picada ou bagaço /dia x 30 dias =5.400 kg/mês. Volumoso seria entregue nas centrais do Agreste e produtores fariam a retirada;
3) Limpeza de barreiros, barragens e açudes. Com mínimo de 30 horas por produtor máximo e máximo de 100h por produtor. Podendo ser utilizado o critério 1 hora máquina vs número animais adultos. Ex.: produtor com 50 animais adultos x 1h = 50 horas/produtor.
4) Programa de multiplicação e ampliação das áreas de palma forrageira do Agreste, com suporte técnico para coleta e análise de solo, recomendações de plantio e manejo, distribuição de raquetes de palma (40 mil unidades por produtor) para que os produtores possam ser autossuficientes em suporte forrageiro mesmo em anos de grandes desafios climáticos;
5) Programa estratégico de recursos hídricos para o Estado de PE com construção de barragens e açudes ao longo do curso das principais bacias hidrográficas do Agreste como Rio Ipanema, Rio Canhoto, Rio Ipojuca, Rio Uma etc. Visando reter grandes volumes de água e até mesmo a perenidade dessas bacias hidrográficas;
6) Programa de perfuração de poços para produtores rurais e finalização das obras da adutora do agreste para que indústrias lácteas e produtores possam ter disponibilidade e acesso à água em pontos estratégicos em toda a bacia leiteira;
7) Programa de transferência de tecnologias para o desenvolvimento dos produtores através de assessoria técnica nas áreas de produção de forragem, manejo, genética, sanidade e gestão de custos;
8) Desoneração (Isenção da alíquota de ICMS) para todos os insumos agropecuários, bem como isenção de ICMS para o leite e todos os derivados fabricados dentro do estado de PE;
9) Aumento da alíquota de ICMS (substituição tributária) para produtos oriundos do Centro-sul (sugestão para capitação de recursos para subsidiar as operações pautas do setor);
10) Serviços de apoio para que o pequeno produtor de leite, queijo e derivados artesanais sejam orientados quanto a formalidade, possam produzir conforme as regras existentes na legislação e possam ter acesso a mercado nacional.
As informações são da Assessoria de Imprensa, adaptadas pela Equipe MilkPoint.
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