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Taxa de mortalidade nos rebanhos leiteiros: uma preocupação crescente

POR RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

PRODUÇÃO DE LEITE

EM 23/10/2008

2 MIN DE LEITURA

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Atualizado em 29/09/2023

O USDA, Departamento da Agricultura do governo americano, publicou uma taxa de mortalidade dos rebanhos leiteiros de 5,7%. Este número indica um aumento de 4,8% em relação ao ano de 2002. A redução da longevidade dos animais tem sido uma preocupação crescente entre os produtores de leite. Além de ser um problema econômico, considerando os elevados custos da reposição animal, é também um indicador do conforto animal, que anda comprometido e representa um grande desafio nas fazendas leiteiras.

Gráfico 1. Taxa de mortalidade em relação às diferentes causas, números atribuídos pelos produtores de leire (Dairy 2007).


Clique na imagem para ampliar.

O gráfico acima evidencia que a maior causa isolada de mortalidade são os distúrbios do sistema locomotor (20%), seguidos da mastite (16,5%), problemas de parto (15,2%) e razões desconhecidas (15%). É importante ressaltar que os números acima resultaram de relatos coletados durante pesquisa com os produtores de leite.

Estudos apresentados no American Dairy Science de 2008 investigaram os fatores de risco associados com a taxa de mortalidade nos USA. Pesquisadores da Universidade de Penn State associaram dados relativos à mortalidade e à taxa de descarte durante os primeiros 60 dias da lactação com diferentes sistemas de manejo. A taxa de mortalidade foi mais baixa em rebanhos alojados em Tiestall, quando comparados com animais alojados em Freestall. O melhor índice obtido por um sistema de manejo foi de 2,1% de mortalidade e 5,3% de taxa de descarte nos primeiros 60 dias após o parto; sendo estes animais alojados em Tiestall com acesso ao pasto. E o pior índice obtido foi de 6,3% de mortalidade e 9,1% de taxa de descarte nos primeiros 60 dias após o parto; sendo estes animais alojados em Freestall sem acesso às áreas externas.

Pesquisadores da Universidade do Tennessee investigaram o efeito do tamanho dos rebanhos sobre a taxa de mortalidade. Foi observado que rebanhos pequenos (< 100 ou 100 à 200 animais) estão associados à menor taxa de mortalidade. Já os rebanhos médios, com 200 à 700 animais, apresentaram uma taxa de mortalidade maior que os rebanhos grandes, com mais de 700 animais.

Pesquisadores da Universidade do Colorado investigaram as características de 953 rebanhos e os resultados foram publicados no Journal Dairy Science de 2008 (2008, 91:1423-1432). Alguns fatores foram destacados e associados com uma maior taxa de mortalidade: rebanhos com mais de 355 vacas, rebanhos com produção média anual maior que 9.980 Kg, maternidade usada por diferentes animais/área hospitalar, problemas do sistema locomotor, problemas reprodutivos (altos índices de aborto, retenção de placenta, partos distócicos e metrites), problemas respiratórios no rebanho, diarréia, deslocamento de abomaso e mastite.

Foi possível ainda observar que os rebanhos com uma alta percentagem de problemas respiratórios (> 3,4%) estão 2,75 mais vezes predispostos à altas taxas de mortalidade. E os rebanhos com uma alta percentagem de problemas de casco (> 16,1%) estão 2,89 mais vezes predispostos à altas taxas de mortalidade.

A conclusão dos trabalhos enfatiza a melhora do conforto animal, o constante treinamento da mão-de-obra para a realização do diagnóstico precoce e atenção voltada para o animal singular, individual. Trabalhar com a vaca leiteira, olhar para as vacas, identificar falhas no manejo do indivíduo. Na maioria das vezes, manejando somente os grupos não é possível reduzir as taxas de mortalidade.

Fonte:

Endres, M. Dairy cow mortality: A growing problem. The University of Minnesota. august/2008.(https://www.extension.umn.edu/dairy/dairystar/08-23-08-Endres.html - acessado em 20/10/2008)

RENATA DE OLIVEIRA SOUZA DIAS

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SEBASTIÃO ANTÔNIO DA SILVA

RIO VERDE - GOIÁS - PRODUÇÃO DE LEITE

EM 19/02/2024

Em um rebanho holandês, com vacas lactantes confinadas (composto), qual índice de mortalidade considerável.
MARCOS GIMENEZ ZAPIOLA

BUENOS AIRES - BUENOS AIRES - PROFISSIONAIS DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS

EM 24/10/2008

Muy bueno, Renata!

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